"Este é o culminar de um processo que atesta que este é um edifício com características únicas, em que se destaca a sua fachada. É o reconhecimento de toda a sua beleza, que acredito que traga ainda mais gente à Igreja da Misericórdia de Viseu", alegou.
Na edição de hoje do Diário da República, a Direção-Geral do Património Cultural propôs ao secretário de Estado da Cultura a intenção de classificar como monumento de interesse público (MIP) a Igreja da Misericórdia de Viseu, incluindo o seu património integrado - adro e escadório -, localizado no Adro da Sé, em pleno coração da zona histórica da cidade de Viseu.
Em declarações à Lusa, Adelino Costa defendeu que acredita que esta classificação trará ainda mais pessoas à Igreja da Misericórdia de Viseu, que todos os anos recebe a visita de milhares de pessoas.
"Não temos qualquer sistema de contagem para as visitas, mas estimamos que sejam alguns milhares por ano. Quem vem à Sé de Viseu, que fica em frente, passa sempre pela Igreja da Misericórdia, que tem sempre as suas portas abertas", evidenciou.
Para além da visita à Igreja da Misericórdia, "poderão ainda conhecer o belíssimo Museu do Tesouro da Misericórdia, que é mais um convite num importante contexto geográfico que é o Adro da Sé".
O diretor do Museu do Tesouro da Misericórdia, Henrique Almeida, explicou que a construção da Igreja da Misericórdia data de 1775, tendo substituído um outro templo do séc. XVI, construído no mesmo local para acolher a Irmandade da Misericórdia.
"Esta obra parece assumir o espírito da arquitetura do século XVIII, onde se verifica um forte ecletismo com predominância do estilo Rocaille", descreveu.
No seu interior, a Igreja da Misericórdia apresenta uma única nave e capela-mor, separados por um arco cruzeiro.
As obras de remodelação do seu interior datam do século XIX.