Festival de Órgão do Algarve arranca e quer quebrar ideias preconcebidas
O Festival de Órgão do Algarve arranca hoje e tem como objetivo quebrar ideias preconcebidas sobre este tipo de música, com concertos em seis igrejas, até 28 de novembro, revelou a organização.
© Facebook/Festival de Órgão Algarve 2019
Cultura Música
Portimão, Faro, Tavira e Boliqueime acolhem os nove concertos do festival, que "incluem outros instrumentos como o trombone ou a voz" e pretendem mostrar que este tipo de música está "cheia de vitalidade, energia e dinâmica", afirmou à agência Lusa a diretora artística do festival.
"Ouvir um órgão destes ao vivo, alguns com mais de mil tubos, é estar numa sala de emoções, é como num concerto de rock em que sentimos o coração a bater, ali sentimos também as vibrações no nosso corpo", realçou Patrícia Neto Martins.
Para a membro da direção da Associação Música XXI, organizadora do festival, 14 anos depois da sua criação o evento "mantém a sua vitalidade", continuando a apresentar "grandes organistas nacionais", mas também a apostar em jovens interpretes.
Mantém-se também o objetivo de "divulgar e preservar" estes instrumentos musicais, com o regresso ao formato "estendido" com "mais concertos" e adaptados às particularidades de cada órgão, destacou a diretora artística, frisando que cada instrumento "é único" tanto na sua construção como na forma como têm de ser tocados.
Dos seis órgãos que vão ser utilizados durante o festival, há uns "mais jovens", como o de Portimão, com 136 anos, outros com cerca de mais um século de vida, como os de Tavira, Boliqueime e da igreja do Carmo (Faro), e ainda o da Sé de Faro, com 306 anos, que é um dos "mais antigos do país", sublinhou a diretora.
Patrícia Neto Martins destacou ainda a realização do concerto "Novas Flores de Música", na Sé de Faro, a 27 de novembro, por Sérgio Silva, acompanhado do pelo grupo coral Ofício Ensemble, e no qual serão tocadas obras contemporâneas de quatro compositores portugueses, baseadas nas "Flores de Músicas" de 1620, de Manuel Rodrigues Coelho.
O Festival de Órgão do Algarve começa hoje na Igreja Matriz de Portimão, com um concerto às 21:00 que junta as vozes do Coral Adágio à música de António Esteiro, organista que volta a estar em destaque no sábado, no concerto previsto para a igreja da Sé de Faro.
No dia 12, Célia Sousa Tavares toca na Igreja Paroquial de Boliqueime às 21:00 e no dia seguinte, à mesma hora, na Igreja do Carmo, em Faro.
O concerto em Boliqueime conta também com um "aperitivo", no qual a escritora Lídia Jorge irá ler a sua crónica sobre Maria Inácia, uma mulher natural daquela aldeia que "salvou o órgão de Boliqueime", realçou ainda a diretora do festival.
O programa do festival conta também com concertos de André Bandeira, na Igreja de Santiago de Tavira, no dia 19, e Igreja do Carmo, em Faro, a 20 de novembro.
A 26 novembro será a vez de a Igreja da Misericórdia, em Tavira, receber a fusão da música tocada pelo organista André Ferreira, com o trombone de André Conde, adiantou a organização.
O festival termina a 28 de novembro, com o concerto de alunos da Escola de Órgão de Faro, às 15:00 na Sé de Faro.
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