Pavilhão de Angola, vencedor de 2013, recebeu 50 mil visitantes
O projeto do Pavilhão de Angola na 55.ª Exposição Internacional da Bienal de Arte de Veneza, inaugurado em maio deste ano e vencedor do Leão de Ouro, recebeu 50 mil visitantes, revelou à agência Lusa fonte da organização.
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Cultura Bienal de Veneza
De acordo com Paula Nascimento - uma das curadoras do projeto de Angola, em coautoria com Stefano Pansera e com o artista Edson Chagas, autor das fotografias - o Pavilhão de Angola na Bienal tinha recebido 50 mil visitantes, até ao dia 20 de novembro.
A 55.ª Exposição Internacional da Bienal de Arte de Veneza - sob o tema geral "O Palácio Enciclopédico" - encerra no domingo, com uma conferência de imprensa prevista para as 11:00, com a presença do presidente do evento, Paolo Baratta, e Massimiliano Gioni, curador da mostra.
Durante a tarde haverá um encontro sobre "Museus e Bienais", com a presença de curadores e diretores de museus como Cristiana Collu, Alfredo Cramerotti, Bice Curiger, Abdellah Karroum, Achille Bonito Oliva e Vicente Todolì.
"Luanda, Cidade Enciclopédica" foi o título adotado para o projeto de Angola, país que participou pela primeira vez na Bienal de Arte de Veneza, a par de outros países que se estrearam, como o Vaticano, as Bahamas e as Maldivas.
Fechado durante os últimos 20 anos, o palácio que acolheu o projeto de Angola pertenceu à família italiana Cini, é atualmente propriedade de uma Fundação, e reúne uma vasta coleção de pintura renascentista, objetos sacros e mobiliário.
À entrada, durante a mostra, era fornecida uma capa com o título e texto informativo da exposição, dentro da qual podiam ser recolhidas as cópias que cada visitante escolhesse, acabando por criar uma espécie de "enciclopédia pessoal" do projeto.
Neste projeto, explicaram à agência Lusa Stefano Pansera e a curadora Paula Nascimento, o objetivo foi "mudar tudo sem mudar nada", no interior do palácio.
Por isso nenhum objeto foi retirado do piso onde estão as fotografias contemporâneas de Chagas, em contraste com a pintura de grandes mestres do Renascimento, como Giotto e Piero della Francesca.
Propositadamente, as fotografias não foram colocadas nas paredes, mas no centro das salas, em pilhas de cópias de grande formato que os visitantes podiam ver e recolher, para criar a sua própria enciclopédia.
As fotografias reproduziam objetos e edifícios em Luanda, desde o período colonial à modernidade, e foram captadas em 2008 e 2013, pelo artista angolano Edson Chagas, nascido em 1977 e formado em fotojornalismo na London College of Comunication, e em foto-documentário, na Universidade de Newport, no Reino Unido.
Este ano Edson Chagas participou na exposição de artistas angolanos intitulada "No Fly Zone", que esteve patente no Museu Coleção Berardo, em Lisboa.
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