Eduardo Lourenço contente com "merecida" atribuição a Germano Almeida
O ensaísta Eduardo Lourenço manifestou-se hoje "muito contente" com a "merecida" atribuição, na segunda-feira, do Prémio Camões 2018 a Germano Almeida, escritor cabo-verdiano que diz admirar muito.
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"Estou muito contente com a atribuição do prémio a Germano Almeida. É muito importante e foi muito bem dado. É uma pessoa e um escritor que admiro muito", afirmou à Lusa Eduardo Lourenço, vencedor do Prémio Camões 1996.
O ensaísta e filósofo aproveitou para enaltecer o percurso histórico e cultural de Cabo Verde, bem como o povo cabo-verdiano, que afirma ser "mais português do que os portugueses, porque o é duas vezes: o colonizador é sempre um colonizado do colonizado, 'à la longue'".
Germano Almeida, advogado e escritor, nascido na ilha da Boavista em 1945, foi distinguido por unanimidade com o Prémio Camões, a mais importante distinção da Língua Portuguesa e que tem um valor monetário de 100 mil euros.
É o segundo autor da literatura cabo-verdiana a ser distinguido, depois de o galardão ter sido atribuído em 2009 ao poeta Arménio Vieira.
Germano Almeida é autor de obras como 'O dia das calças roladas', 'O testamento do Sr. Napumoceno da Silva Araújo', 'A família trago', 'A ilha fantástica' e 'Os dois irmãos'. Está traduzido em países como Itália, França, Alemanha, Suécia, Noruega e Dinamarca.
O mais recente romance de Germano Almeida, 'O fiel defunto', sairá nos próximos dias no mercado português pela Editorial Caminho.
O Prémio Camões foi instituído por Portugal e pelo Brasil em 1988 e no ano seguinte distinguiu o escritor português Miguel Torga.
O júri desta 30.ª edição do Prémio Camões foi composto por Maria João Reynaud (Portugal), Manuel Frias Martins (Portugal), Leyla Perrone-Moisés (Brasil), José Luís Jobim (Brasil), Ana Paula Tavares (Angola) e José Luís Tavares (Cabo Verde).
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