Com o site lisbonconnections.pt, a autarquia quer "conectar pessoas e empresas, entidades públicas e privadas", através de uma rede de ideias e de contactos que permita desenvolver projetos para reforçar a capacidade de atração de Lisboa, afirmou a vereadora da Economia e da Inovação, Graça Fonseca, em declarações à agência Lusa após a apresentação da plataforma, que decorreu nos Paços do Concelho.

Também presente no evento, o diretor-executivo da Invest Lisboa (agência de promoção e captação de investimentos), Rui Coelho, explicou à Lusa que atualmente existem cerca de 60 empresários a participar no projeto, os chamados 'conectores', e que o objetivo é chegar ao final deste ano com 250.

"Queremos que cada um destes empresários se sinta como embaixador da cidade e que cada vez que percebam que há um evento global em disputa em várias cidades ou que haja um centro de serviços ou um novo centro de investigação de uma multinacional, que está à procura de um lugar na Europa para se fixar, digam que há aqui uma oportunidade", indicou Graça Fonseca.

A autarca referiu que o trabalho realizado no âmbito do LBC já tem mais de um ano, pelo que o 'site' é o culminar das reuniões já feitas. Através desta plataforma, a Câmara pretende "construir uma parceria público-privada virtuosa", cabendo ao município encontrar parceiros e "não atrapalhar" a sua atividade, argumentou.

Segundo Graça Fonseca, "nem todas as parcerias público-privadas têm de ser conhecidas pelas piores razões".

A responsável apontou que outra das importantes valências da cidade é o empreendedorismo, o que não se verificava, por exemplo, em 2011, antes da criação da Startup Lisboa -- o projeto assinala este mês três anos e já apoiou mais de 180 microempresas, 250 empreendedores, tendo contabilizado também 100 mentores.

"Há quatro anos, a palavra 'startup' era desconhecida em Lisboa. Hoje em dia, Lisboa está no mapa [do empreendedorismo] e está a competir com cidades como Berlim e Londres", tendo recebido o prémio de região empreendedora 2015 do Comité das Regiões, salientou.

Rui Coelho apontou que entre as principais vantagens para se investir em Lisboa estão os "'standards' [padrões] de qualidade europeus, ao nível dos recursos humanos e das infraestruturas" e os seus "custos muitíssimo competitivos".

Na sua intervenção, o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Miguel Frasquilho, sublinhou que este projeto "aparece num momento que Lisboa está nos radares internacionais, na moda".

"Queremos que seja uma moda que perdure e que há que tirar benefícios desta atividade", frisou.

Durante este ano, a autarquia pretende ainda instalar 10 novos projetos, realizar quatro eventos periódicos (como pequenos-almoços de negócio e 'workshops') e duas conferências semestrais (para apresentar os resultados do projeto LBC, as propostas e recomendações das equipas de trabalho e promover o encontro dos conectores).