A "crueldade" de um algoritmo do Facebook
O 2014 no Facebook está a terminar com uma app que compila imagens que os utilizadores da rede social publicaram ao longo do ano. A app tem sido um sucesso mas para quem preferia não recordar o ano, há momentos de “crueldade inadvertida”, como o que aconteceu ao web designer Eric Meyer.
© Meyerweb
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Por estes dias, praticamente toda a gente que utiliza o Facebook já se terá deparado com uma app –“O ano de…” – que dá uma amostra do que foi o ano do utilizador, em função de imagens que publicou. Para Eric Meyer, um web designer, esta ferramenta da rede social acabou por cometer aquilo a que ele chama de um ato de “crueldade inadvertida”.
Em português, esta aplicação surge acompanhada da frase “Foi um ano espetacular! Obrigado por fazeres parte dele.” O Facebook tem a capacidade de a preparar automaticamente, para o caso de o utilizador querer ver as escolhas que o algoritmo da rede social faz por si. Eric, no entanto, não queria ver o vídeo nem fazer nenhum. 2014 foi o ano em que morreu a sua filha, ainda criança.
Num post publicado no seu blog, Eric conta que durante dias ignorou a ferramenta. Não a queria utilizar nem estava muito preocupado em recordar este ano, que para ele será para sempre de má memória. Dia 24 de dezembro, no entanto, a aplicação encontrou-o. E vinha acompanhada de uma foto: a do rosto da sua filha, falecida, rodeada de desenhos de balões e de gente a dançar.
A história de que o Engadget dá conta é narrada pelo próprio webdesigner no seu blogue, que diz que os programadores e designers do Facebook que fizeram esta aplicação não pensaram no caso de pessoas que tiveram um ano terrível, como ele.
“Sim, o meu ano assemelhou-se a isto. É verdade. O meu ano assemelha-se ao rosto da minha pequena menina, agora desaparecida. Ainda assim foi doloroso forçarem-me a recordar”, escreve Eric no seu texto intitulado ‘inadvertida crueldade algorítmica’. Entretanto, o Facebook já terá apresentado desculpas pelo 'erro' do seu algoritmo.
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