"A trafulhice é generalizada", mas governantes fecham os olhos
A deputada do Bloco de Esquerda acusa os políticos portugueses de ignorarem a fuga ao Fisco nas grandes empresas nacionais.
© DR
Política Mariana Mortágua
No artigo de opinião que hoje assina no Jornal de Notícias, Mariana Mortágua recorda o inquérito de Miguel Horta e Costa, administrador da ESCOM, para condenar o que considera ser a corrupção nas empresas portuguesas.
Na Comissão de Inquérito ao BES, este confessou que o e seu envolvimento na compra de dois submarinos pelo Estado Português teve por base uma fuga ao Fisco, não corrupção.
“A declaração que supostamente tranquilizaria o país - afinal não houve corrupção - foi mais uma das provocações convenientemente ignoradas pela maioria dos deputados e governantes. Porquê? Porque se assim não fosse seriam obrigados a admitir que a trafulhice é generalizada”.
Para a bloquista, “a fuga ao Fisco, o ‘planeamento’ ou ‘engenharia’ fiscal não são exceções, são a regra na gestão diária das grandes empresas, e todos os anos significam milhares de milhões de euros de receita perdida para o Estado”.
“São estas empresas, estes empresários, banqueiros e advogados que não hesitam um segundo em exigir mais austeridade enquanto clamam por novas descidas no IRC, cavando assim uma desigualdade - entre trabalho e capital - que ninguém parece querer encarar”, escreveu.
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