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Passos espera reunir-se com Costa esta semana e quer apoio à política orçamental

O presidente do PSD afirmou hoje que já contactou o secretário-geral do PS, António Costa, e espera reunir-se com ele ainda esta semana para promover "uma cultura de diálogo, de compromissos" que assegure "estabilidade para governar".

Passos espera reunir-se com Costa esta semana e quer apoio à política orçamental
Notícias ao Minuto

13:30 - 07/10/15 por Lusa

Política Governo

Na cerimónia de assinatura do acordo de Governo entre o PSD e o CDS-PP, num hotel de Lisboa, Pedro Passos Coelho dirigiu-se ao PS como o "maior partido da oposição" e adiantou que conta com o apoio dos socialistas para "o quadro de realismo que a política orçamental necessita de poder respeitar nos próximos anos", tendo em conta a sua "conhecida vinculação à pertença de Portugal à União Europeia e à zona euro".

Segundo Passos Coelho, faz sentido PSD e CDS-PP procurarem no PS "as condições de viabilização dos documentos que contêm a estratégia orçamental do país que podem e devem ser apresentados em nome de Portugal à União Europeia e à Comissão Europeia, que compreendem quer o Orçamento do Estado quer o Programa de Estabilidade".

O presidente do PSD destacou a redução do défice: "Sabemos que existem riscos orçamentais, mas reafirmamos a nossa convicção de que até ao final do ano atingiremos a meta de ficar abaixo de um défice de 3%. Seria imperdoável para Portugal que o país não estivesse em condições de tirar pleno partido de todos os sacrifícios que nos permitiram chegar a este resultado e deixar o país, por exemplo, sem Orçamento do Estado para 2016 aprovado".

"Seria muito mau para retoma económica que estamos a viver, seria muito negativo para a credibilidade do próprio país junto dos nossos parceiros europeus e também junto de todos os investidores internacionais", dramatizou.

O presidente do PSD considerou "muito natural" que até à publicação dos resultados oficiais das legislativas de domingo haja "tempo adequado para gerar estas condições de governabilidade no país", e manifestou pressa em relação à formação do Governo.

"Na sequência dos resultados oficiais, o senhor Presidente da República deverá ouvir os partidos políticos, conforme ontem [terça-feira] explicou, e indigitar um primeiro-ministro, na sequência do que, espera-se, o Governo possa tomar posse, e rapidamente, tão rapidamente quanto possível, assegurar as funções de Governo que o país precisa que sejam asseguradas pelo próximo Governo", disse.

Dirigindo-se àqueles que especulam sobre a composição do novo executivo, salientou que não existe "sequer ainda qualquer primeiro-ministro indigitado", acrescentando: "Não vale a pena estarmos a alimentar qualquer romance à volta da estrutura do Governo".

Quanto à estabilidade, Passos Coelho sustentou que "a maioria dos portugueses deseja que exista um entendimento entre todas as forças partidárias que assegure a governabilidade do país".

"Justamente nesse sentido, tive oportunidade já esta manhã de transmitir diretamente ao líder do maior partido da oposição, ao doutor António Costa, a nossa intenção de poder tão rapidamente quanto possível reunir com o PS no sentido de promover as condições que permitirão materializar esta cultura de diálogo, de compromissos e de responsabilidade na nova legislatura que se vai iniciar", adiantou.

Sem especificar que tipo de compromissos vai propor a António Costa, Passos Coelho prosseguiu: "É nossa intenção, portanto, ainda esta semana poder concretizar a reunião com o PS no sentido de garantir que teremos condições para poder encarar os próximos anos com a estabilidade e a confiança que os portugueses necessitam".

O presidente do PSD ressalvou que não exclui "que no quadro parlamentar esta responsabilidade seja assumida por todos os partidos com representação parlamentar".

"Mas não ignoramos que junto do PS podemos encontrar um núcleo de afirmação e vontade política em torno da solução europeia que tem unido o país desde há muitos anos a esta parte, e ao mesmo tempo de respeito também pelas regras da União Económica e Monetária a que Portugal também se encontra sujeito", acrescentou.

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