Ministro da Defesa assumiu hospital sem ter dinheiro
O ministro da Defesa, Aguiar-Branco, pediu ao Exército, à Marinha e à Força Aérea para pagarem as despesas do hospital militar, mas a decisão pode ser ilegal, escreve esta quinta-feira o Diário de Notícias (DN).
© LUSA
Política Governo
O Ministério da Defesa afirma que estão em causa verbas que cada um dos ramos das Forças Armadas ainda tinha em orçamento para o seu hospital, mas o almirante Melo Gomes critica, em declarações ao DN, o exemplo de “falta de pagamento”.
De acordo com Melo Gomes, Aguiar-Branco pediu ao Exército, à Marinha e à Força Aérea para pagarem as despesas do hospital militar único (HFA) quando a instituição já é financiada pelo seu gabinete.
“É um exemplo de que não há consistência nas decisões, não há planeamento”, apontou o antigo chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA). Ao DN, o responsável também deixou implícito que não foram previstas todas as verbas necessárias para o pagamento das despesas do hospital, ao dizer que o diploma relativo ao HFA “diz que as [suas] despesas” ficam a cargo do Ministério da Defesa desde o início do ano, ou seja, 2013.
Ao jornal, o porta-voz de Aguiar-Branco explicou que “o que está em causa são questões de funcionamento do HFA, nomeadamente verbas que os ramos tinham orçamentadas para os anteriores hospitais [de cada um] e que agora transitam para o novo hospital”, no qual as urgências e outros serviços vão estar em funcionamento já a partir do final de Março.
Uma das fontes militares ouvidas pelo DN alertou para a eventual ilegalidade de as Forças Armadas pagarem as despesas do HFA, visto que na actual lei, já está tudo na tutela do Ministério da Defesa.
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