Bloco ratifica manifesto e listas de candidatos às legislativas
O Bloco de Esquerda (BE) marcou para hoje uma reunião da sua Mesa Nacional para ratificar o manifesto eleitoral e as listas de candidatos pelo partido às legislativas deste ano.
© Lusa
Política Eleições
A reunião da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda, o órgão máximo entre convenções desta força política, decorre a partir das 11:00 num hotel em Lisboa e cerca das 18:00 está agendada uma conferência de imprensa final com declarações da porta-voz do partido, Catarina Martins.
Em junho, o partido teve uma conferência nacional onde foi discutida e votada a versão final do manifesto eleitoral do partido para as eleições legislativas deste ano.
O BE avança rumo às eleições pretendendo implementar uma "revolução fiscal" que acabe com a "punição do trabalho", e propondo, por exemplo, um imposto sobre as grandes fortunas e uma taxa agravada para bens de luxo.
De acordo com o manifesto eleitoral, é proposto também no capítulo fiscal uma taxa sobre transações bolsistas e dividendos aos acionistas, o fim das "borlas fiscais" aos grandes grupos económicos no IRC, e a diminuição do IVA da restauração para 13% e da eletricidade e gás para os 6%.
No capítulo da reestruturação da dívida, o partido reclama um abatimento de 60% da dívida, com juro de 1,5% e pagamento entre 2022 e 2030, incluindo credores públicos e privados, salvaguardando certificados do tesouro e de aforro, bem como o fundo da Segurança Social.
O BE quer também que - após um período de carência de três anos - haja uma indexação do pagamento de juros à taxa anual de crescimento do PIB, e o partido pede ainda a devolução pelo Banco Central Europeu dos lucros que obteve com títulos da dívida portuguesa.
O "combate às remunerações globais abusivas" de administradores de empresas, procurando combater a "desigualdade" salarial nas mesmas, estará também na linha da frente das prioridades do BE.
O Bloco pretende também que sejam proibidos os despedimentos coletivos "em empresas com resultados positivos" e propõe a criação de uma taxa sobre o valor acrescentado das grandes empresas para o "financiamento solidário da segurança social".
"Segundo o INE, o valor acrescentado das grandes empresas não financeiras e as sociedades financeiras representou nos últimos anos mais de 40 mil milhões de euros/ano. Assim, uma taxa de 0,75% sobre o valor acrescentado das grandes empresas representa, mesmo no atual contexto de crise, um acréscimo de receitas de cerca de 300 milhões de euros/ano para a Segurança Social", advoga o partido.
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