"A 'linha dura' fez tudo ao seu alcance para impedir acordo"
Uma semana após um artigo em que já se perspetivava um acordo entre Grécia e credores, Silva Pereira realça que mantém o que escreveu. Mas aponta críticas tanto a Tsipras como às instituições credoras.
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Política Grécia
Pedro Silva Pereira considera que Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, “tardou em apresentar propostas convincentes”, além de ter adotado um estilo confrontacional que não favoreceu a possibilidade de um acordo. Mas apesar das críticas, o socialista realça que há também muitas responsabilidades a atribuir ao outro lado da ‘barricada’.
“Está por explicar a razão pela qual essa proposta, dita credível, não chegou aos olhos do FMI e das instituições”, escreve Silva Pereira num artigo que hoje assina no Diário Económico, a propósito da possibilidade de acordo que chegou a estar em cima da mesa há pouco mais de uma semana. Ainda assim, o antigo ministro do Executivo de Sócrates dá algumas ‘luzes’ sobre esta questão.
“Do princípio ao fim, a ‘linha dura’ fez tudo o que estava ao seu alcance para impedir um acordo”, afirma o jurista, acrescentando que o objetivo foi conseguido já que “sempre teve a faca e o queijo na mão”. E o que defende esta ‘linha dura’? A austeridade.
Escreve o socialista que, apesar dos erros da parte do governo grego, as instituições são também responsáveis pela “política de austeridade errada e absolutamente devastadora”, que além de ter agravado a dívida helénica, contribuiu para que o país tivesse ainda menos riqueza, agravando o problema.
“Preferiram teimar na fracassada receita austeritária”, critica o ex-governante, que descreve ainda como “inqualificáveis” as “exigências de governos como de Portugal e de Espanha”.
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