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Mesa Nacional do Bloco reúne-se domingo

A nova Mesa Nacional do BE, eleita na última Convenção, reúne-se no domingo sem que as duas moções maioritárias devam chegar antes a um acordo prévio sobre a liderança do partido e o modelo de representação.

Mesa Nacional do Bloco reúne-se domingo
Notícias ao Minuto

13:00 - 28/11/14 por Lusa

Política Partidos

Aquele que é o órgão máximo do BE entre convenções vai reunir-se uma semana depois da última reunião magna ter terminado sem uma liderança confirmada, devido ao empate entre a lista de João Semedo e Catarina Martins e a de Pedro Filipe Soares, cada uma elegendo 34 representantes.

Apesar disso, a linha política defendida pelos atuais coordenadores na "moção unitária em construção" recebeu o apoio da maioria dos delegados, com 266 votos, contra os 258 alcançados pela moção "Bloco plural", encabeçada pelo líder parlamentar.

A moção liderada por João Semedo e Catarina Martins defende a manutenção do modelo de "liderança paritária" (um homem e uma mulher), ao contrário da moção de Pedro Filipe Soares, apoiada pelos deputados Luís Fazenda, Helena Pinto e Mariana Aiveca.

A questão da "liderança paritária" é um dos pontos considerados não negociáveis pela moção da anterior direção na discussão que terá lugar na Mesa Nacional, disse à Lusa um dirigente do BE.

"Neste momento está toda a gente a falar com toda a gente", acrescentou o dirigente, que considerou improvável um acordo entre as duas maiores moções.

No encerramento da Convenção, ao subir ao palco depois de um empate inédito na história do partido, o coordenador João Semedo convidou todos os eleitos para a Mesa Nacional a encerrarem a disputa interna em nome da unidade.

"A partir da cultura de unidade, a Mesa Nacional deve definir o modelo de representação pública do partido que melhor corresponda ao debate da Convenção e ao resultado das votações que aqui fizemos. É esse o nosso apelo", afirmou.

Já o deputado e fundador do BE, Luís Fazenda, assinalou no final do conclave no Pavilhão do Casal Vistoso que "a coordenação não é uma figura estatutária e será uma escolha política da Mesa Nacional".

"Neste momento, é prematuro falar acerca do desenlace", considerou.

Questionados pela Lusa, Luís Fazenda e o líder parlamentar bloquista, Pedro Filipe Soares, escusaram-se a qualquer comentário, remetendo as suas posições para a reunião de domingo.

Os novos estatutos do BE estipulam que a Comissão Política - que deve manter-se com 16 membros - passa a ser eleita tendo em conta "a proporcionalidade dos resultados eleitorais das diferentes moções", mas a curta distância de oito votos entre as duas maiores moções não reflete uma diferença no número de eleitos.

Entre as moções minoritárias, que representam 11 dos 79 membros da Mesa Nacional e podem ter um papel crucial caso a ausência de consenso exija uma votação, as opiniões também são diversas.

Em declarações à Lusa, João Madeira, um dos sete eleitos pela lista B, aponta para uma direção de "quatro porta-vozes" para responder à divisão no partido e diz que não deve haver "posições acantonadas" na Mesa Nacional.

Madeira assinala que o BE "dispõe de um conjunto de dirigentes que reúnem condições para desempenhar esse papel de porta-vozes e que podem ser ou não aqueles que se perfilaram para esse fim".

"Eu não estou a apelar a que ninguém desista, mas acho que devem ir [para a Mesa Nacional] sem preconceitos e sem pessoalizar as questões", refere, a propósito da disputa que opôs os dois coordenadores e o líder parlamentar.

Por outro lado, Luís Louro, também eleito pela lista B mas da moção "Uma resposta de esquerda", defende que o BE deve voltar à figura de um coordenador, porque "o modelo da liderança bicéfala falhou".

Este membro da Mesa Nacional considera que "nenhum dos lados [principais] deve adotar uma postura de fazer exigências".

"As pessoas vão ter de fazer cedências para se chegar a algum lado e não haver um clima de paz podre", resume.

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