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PCP e Bloco levam cartazes para o Parlamento Europeu

Os eurodeputados do PCP e BE levaram hoje cartazes para a votação da moção de censura à 'Comissão Juncker', pelo fim dos paraísos fiscais" e do "sistema europeu de fraude fiscal", apesar da abstenção à moção da direita populista.

PCP e Bloco levam cartazes para o Parlamento Europeu
Notícias ao Minuto

12:58 - 27/11/14 por Lusa

Política França

A iniciativa de levar cartazes vermelhos para a votação da moção de censura no Parlamento Europeu - que foi rejeitada por larga maioria - foi do Grupo da Esquerda Unitária, que integra PCP e Bloco de Esquerda, e que quando o escândalo 'LuxLeaks' rebentou se lançou numa recolha de apoios com vista a uma ação desse género.

No entanto, a censura à Comissão Europeia a propósito dos acordos secretos feitos entre o Luxemburgo e mais de 300 multinacionais para pagarem menos impostos, num período em que Jean-Claude Juncker era primeiro-ministro do país, foi da autoria do grupo Liberdade e Democracia, do eurocético britânico Nigel Farage.

As 76 assinaturas necessárias foram conseguidas junto de deputados populistas e da extrema-direita não inscritos, como Marine Le Pen, o que levou os deputados mais à esquerda a recusarem-se a votar favoravelmente uma censura que eles próprios defendiam.

"Se a moção de censura da extrema-direita critica Juncker pelo conhecimento destas práticas, não põe em causa o sistema que Juncker representa e que viabiliza estas práticas", afirmou à Lusa o comunista João Ferreira que considerou esta iniciativa uma "tentativa oportunista de explorar um sentimento de censura por parte da população".

O eurodeputado lembrou mesmo que Nigel Farage nunca pôs em causa práticas semelhantes existentes no seu país, o Reino Unido.

Na sessão de hoje, o cartaz que João Ferreira empunhou dizia "Fim aos paraísos fiscais", o de Inês Zuber "Não à hipocrisia da extrema-direita" e o de Miguel Viegas "Não à austeridade".

Já o cartaz de Marisa Matias, do Bloco de Esquerda, pedia "Parem o sistema europeu de fraude fiscal".

"A nossa moção tinha um âmbito alargado. Esta moção de Farage e Le Pen é um ataque ao homem, enquanto a nossa era de caráter político, contra as politicas que houve de fraude e evasão fiscal e de que Juncker foi responsável", afirmou a eurodeputada à Lusa, quando deu a conhecer o seu voto.

Ainda na votação da moção de censura, os eurodeputados do PSD e do PS votaram contra, assim como Nuno Melo, do CDS-PP.

Também José Inácio Faria, do Movimento do Partido da Terra (MPT), e Marinho Pinto, eleito pelo MPT mas que entretanto se desvinculou, não votaram favoravelmente a censura à Comissão Europeia, liderada por Jean-Claude Juncker.

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