"Novas políticas exigem novos decisores"
O secretário-geral do PS, António José Seguro, assegurou esta terça-feira que “existe um vasto consenso político e social” sobre a “necessidade” de Portugal equilibrar as contas públicas, esclarecendo, porém, que o que separa o seu partido do atual Governo “é a estratégia fiscal para o conseguir”. Neste sentido, afirmou, o país precisa de “novas políticas” que, por sua vez, “exigem novos decisores” quer em Portugal.
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Política Seguros
António José Seguro aproveitou a sua intervenção, esta terça-feira, na conferência da London School of Economics para fazer um discurso muito crítico da atuação da União Europeia e do atual Governo português, destaca o semanário Expresso.
Garantindo que “existe um vasto consenso social e político na necessidade de um equilíbrio das contas públicas”, Seguro sublinhou que o que o separa do atual Governo é “a estratégia fiscal para o conseguir”. Assim sendo, vincou, “a questão nunca foi a ausência de alternativa mas a falta de vontade política para prosseguir um caminho diferente”. Seguro defendeu, por isso, que são necessárias “novas políticas” que consequentemente “exigem novos decisores”.
A apenas três meses da saída da troika de Portugal, o líder socialista considerou que o ajustamento conseguido neste últimos anos é “anémico”, salientando ainda que no início da crise das dívidas soberanas a União Europeia deixou os PIGS (Portugal, Itália, Irlanda, Grécia e Espanha) “por sua conta e risco” e depois impôs-lhes “uma única solução”: uma política de austeridade expansionista.
Mas “não há um caminho sustentado para a diminuição do défice” quando os resultados são atingidos alcançados, apesar de ficara aquém das metas definidas inicialmente, devido a “medidas provisórias, receitas extraordinárias e um enorme aumento de impostos”. Deste modo, concluiu Seguro, “a principal lição a retirar da aplicação do programa da troika a Portugal é que a solução da austeridade expansionista falhou os seus principais objetivos e Portugal está hoje mais pobre e mais desigual”.
A alternativa que defende passa, portanto, por quatro propostas que visam “mais Europa”: “uma genuína união monetária e económica” na zona euro; “a mutualização da dívida soberana” que exceda os 60% do PIB; a separação do rating dos Estados do rating das empresas; e a possibilidade de “o BCE poder agir contra a especulação dos mercados”, refere o semanário Expresso.
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