Passos recusou convite de Sócrates porque "queria ser primeiro-ministro"
Na semana em que apresenta o seu livro ‘A Confiança no Mundo’, o antigo primeiro-ministro José Sócrates revela, em entrevista à rádio TSF, que em 2011, ano em que de demitiu do cargo, chegou a convidar o, na altura, líder da oposição para integrar um Governo de coligação mas, esclarece, Passos Coelho “queria ser primeiro-ministro”.
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Política Governo
Na antena da rádio TSF, José Sócrates revela, esta terça-feira, que há dois anos, quando decidiu que não tinha condições para continuar no cargo de chefe do Governo, chegou a convidar Passos Coelho para integrar uma coligação governativa.
“Falei duas ou três vezes ao então líder da oposição [Passos Coelho] nessa possibilidade. Isso foi recusado porque o líder da oposição queria ser primeiro-ministro. Muito bem, agora é primeiro-ministro. Mas agora é o líder do PS que lhe diz, dois anos depois, que não aceita ir para o Governo nestas circunstâncias, o que eu compreendo muito bem”, afirma Sócrates.
O ex-governante considera ainda, aos microfones da rádio TSF que avança alguns excertos de uma entrevista que será transmitida esta tarde (17h00), que independentemente do cenário que se avizinhe, ou seja um programa cautelar ou um segundo resgate, o líder socialista António José Seguro tem de ‘bater o pé’ uma única moeda de troca: eleições antecipadas.
“Qual era o problema do anterior pacto proposto pelo Presidente da República? Porque no fundo o que o Presidente queria era dizer ao PS ‘vais assinar o Orçamento". Como é que o PS pode assinar este Orçamento? Por isso, estou convencido que se houver isso [programa cautelar ou segundo resgate], isso passará naturalmente por eleições e verdadeiramente acho que é o que o País precisa”, defende.
Sobre o Orçamento do Estado para o próximo ano e das normas que nele constam, por muitas personalidades consideradas inconstitucionais, José Sócrates defende um cenário de revisão constitucional deve ser, a esta altura, a "linha vermelha" do líder do PS.
“Espero uma oposição frontal [do PS] porque todos aqueles que acham que se deve transformar a Constituição num centro de disputa política, estão a cometer um erro”, defende o antigo primeiro-ministro que esta semana vai apresentar o seu livro ‘A Confiança no Mundo’.
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