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Governo quer pôr familiares e amigos a ensinarem a conduzir

No Parlamento vai ser hoje debatido, na generalidade, o novo regime jurídico que o Governo quer aplicar a quem está ou vai tirar a carta de condução. Entre as novas regras, consta a possibilidade de o aluno conduzir fora das aulas, desde que acompanhado por um tutor: um familiar ou amigo. Na antena da TSF, tanto a Associação Portuguesa de Escolas de Condução (APEC) como a Associação Nacional dos Industriais de Ensino de Condução Automóvel (ANIECA) já se manifestaram contra a medida.

Governo quer pôr familiares e amigos a ensinarem a conduzir
Notícias ao Minuto

12:56 - 12/06/13 por Notícias Ao Minuto

País Leis

O novo regime jurídico apresentado pelo Governo, e que hoje vai ser debatido na generalidade no Parlamento e votado na próxima sexta-feira, prevê que quem está a tirar a carta possa, na prática, conduzir fora das aulas, desde que esteja acompanhado por um tutor: um familiar ou amigo que se responsabilize. Para tal basta que esse tutor tenha um seguro, carta há mais de dez anos, um ‘registo’ de multas quase limpo e frequente aulas de segurança rodoviária.

Ouvido pela TSF, o presidente da APEC, Alcino Cruz, salienta que “pressupõe-se que uma pessoa que vai ensinar outra tenha algum conhecimento técnico, um curso. E o tutor não tem nada disso, é um familiar qualquer”. Por isso, acrescenta Alcino Cruz, “é uma proposta que não faz qualquer sentido e está em contradição com as próprias regras previstas para ser instrutor de construção”.

No mesmo sentido, Fernando Santos, da ANIECA, destaca que “a qualidade [das escolas de condução] deixa de existir, a insegurança rodoviária vai provavelmente aumentar, e não se está a procurar um melhor ensino”.

Estes dirigentes esperam, por isso, que os deputados chumbem ou alterem bastante o novo regime proposto pelo Governo.

Opinião diferente tem Rui Alves, vice-presidente da Associação de Profissionais do Ensino da Condução (APDEC). “Nestes moldes, até somos favoráveis a um tutor, porque assim são obrigados a fazer um refrescamento às noções de segurança rodoviária, a frequentar uma parte do programa de ensino”, o que permitirá melhorar “a sinistralidade rodoviária”, afirma na antena da TSF.

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