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AMI apoiou quase 1.500 sem-abrigo em 2015

A Assistência Médica Internacional (AMI) atendeu no ano passado 502 novos casos de sem-abrigo, menos 13 face a 2014, 27% dos quais eram mulheres, segundo dados da organização.

AMI apoiou quase 1.500 sem-abrigo em 2015
Notícias ao Minuto

15:20 - 03/05/16 por Lusa

País Organização

Os dados do Relatório de Atividades e Contas 2015 da AMI referem que, no ano passado, frequentaram os equipamentos sociais 1.455 pessoas sem-abrigo, menos 4% do que no ano anterior, representando 11% da população total atendida.

Estas pessoas enquadram-se na tipologia de sem-abrigo definida pela Federação Europeia das Organizações que Trabalham com a População Sem-Abrigo, que contempla situações de pessoas que estão em centros de acolhimento de emergência ou temporário, que vivem em quartos alugados, em barracas ou em casas sobrelotadas.

A AMI observa que 27% dos novos casos atendidos no ano passado eram mulheres, verificando-se que o atendimento de mulheres mais do que duplicou ( mais 121%) desde 1999, ano em que se começou a fazer esta contagem. Desde esta data, já foram apoiadas 10.907 pessoas em situação de sem-abrigo.

Os sem-abrigo apoiados em 2015 são maioritariamente homens (75%), com idades entre os 40 e os 59 anos (51%) e os 30 e os 39 anos (17%).

Distribuem-se principalmente pela Grande Lisboa (52%) e pelo Grande Porto (38%), tendo-se verificado, na região de Lisboa, uma descida de 11% face a 2014 e uma subida de 6% na região do Porto.

Quase um terço (28%) pernoita na rua, em escadas, átrios, prédios, carros abandonados, contentores e estações, 14% em quartos e pensões, 17% residem temporariamente em casa de familiares ou amigos, 13% vivem em centros de emergência ou destinado a vítimas de violência doméstica, 7% em habitações inadequadas, 7% em casa alugada e 14% noutros locais não especificados.

Os dados referem que 79% são portugueses, seguindo-se os naturais dos PALOP (12%), de outros Países da União Europeia (3%) e do grupo Outros Países (3%), onde se inclui o Brasil e a Índia.

Metade desta população tem o 1º ou 2º ciclo de escolaridade, enquanto 16% tem a frequência do 3º ciclo, 8% tem frequência do ensino secundário e 2% o ensino médio ou superior. Há ainda 4% que não tem qualquer escolaridade e mais de metade (56%) não possui formação profissional.

A maioria (72%) encontra-se solteira, divorciada ou viúva e 13% é casada ou vive em união de facto.

Segundo a AMI, a maior parte dos sem-abrigo que pediu ajuda disse encontrar-se nesta situação há mais de quatro anos (21%) ou entre um e dois anos (7%).

A mendicidade é um recurso mais frequente nos homens (16%) do que nas mulheres (8%).

Relativamente à procura dos serviços da AMI por questões de saúde, os números não têm variado muito nos últimos anos, mas verificou-se um aumento de consumidores de álcool (mais 18 face a 2014) e uma diminuição de consumidores de drogas (menos 6).

Em contexto de atendimento social, diagnosticou-se que 32% necessitavam de uma consulta médica, 27% de medicação, 8% de acompanhamento psiquiátrico e 8% de apoio psicológico.

Relativamente aos abrigos noturnos da Graça e do Porto, os dados referem que foram apoiados pela primeira vez 64 homens nestes equipamentos, que ajudaram no total 118 pessoas em 2015.

Já as Equipas de Rua acompanharam, em 2015, 401 pessoas em situação de sem-abrigo, menos oito relativamente ao ano anterior.

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