Luta é a palavra de ordem. Maio traz greves e manifestações
O 1.º de Maio é um dia consagrado aos trabalhadores de todo o mundo. Em Portugal, como manda a tradição, fizeram-se desfiles, enalteceu-se a luta do proletariado e prometeram-se mais ações de luta em prol dos direitos de quem trabalha.
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País Dia do Trabalhador
No Dia do Trabalhador, o líder da CGTP garantiu, em Lisboa, que a luta é para continuar.
Apesar de ‘tirar o chapéu’ ao atual Governo socialista por ter implantado medidas que, “embora limitadas, invertem o rumo de cortes sucessivos nos salários”, Arménio Carlos sublinhou que “há muito caminho para fazer” e que “só com a luta se alcança a mudança”.
E é para lutar pelo aumento dos salários, pelo emprego com direitos, pela renovação da contratação coletiva e pelas 35 horas de trabalho semanal para os trabalhadores do setor público e privado que o sindicalista fez o grande anúncio do Dia do Trabalhador: A luta continua.
Assim, entre 16 e 20 de maio terá lugar a denominada semana da luta que implica a realização de greves, manifestações e concentrações.
Quem também falou em “luta” foi o secretário-geral do PCP. Jerónimo de Sousa, com um discurso semelhante ao de Arménio Carlos, disse que “os avanços verificados, sendo importantes, não são suficientes” pois são “limitados”.
O líder comunista frisou que “este maio” é um mês de “festejo e de celebração” por o povo ter afastado um governo PSD/CDS que “infernizou a vida dos portugueses”.
E, apesar das “divergências e diferenças” existentes entre o PS e o PCP, Jerónimo de Sousa garantiu que o partido está “empenhado para que as coisas andem para a frente”.
Mas deixou o aviso: “este Governo pode ser mais duradouro, corresponder a expetativas, se em relação a esses direitos, em relação a essa esperança, corresponder com a sua política”.
Nesta senda de discursos proferidos no Dia do Trabalhador, a líder do Bloco de Esquerda aproveitou para dizer que o país vive, atualmente, um momento que significa “nem mais um passo atrás” e isso traduz-se na luta pelos direitos dos portugueses.
“Queremos mais: combater a precariedade, mais emprego, mais direitos no trabalho, mais respeito pelo trabalho”, disse Catarina Martins em Lisboa durante o desfile do 1º de Maio organizado pela CGTP.
Luta foi também a palavra de ordem do primeiro-ministro que esteve ontem nos Açores e reuniu com os representantes locais da UGT e da CGTP.
António Costa frisou a necessidade de existir “confiança” no facto de que Portugal vai conseguir “virar a página numa trajetória de crescimento e de criação de emprego”. Mas, para isso, é importante que se “prossiga a atual linha política e económica”.
A “luta” do primeiro-ministro, explicou, prende-se com a alteração de paradigmas no mercado laboral português. “Percebemos bem que é essencial que essa luta prossiga, porque não é possível continuar a alimentar a ilusão de que o nosso desenvolvimento se faz com um modelo que está morto e que tem de ser enterrado: um modelo de baixos salários e precariedade laboral”.
Em Viseu, o líder da UGT também não deixou passar o Dia do Trabalhador em branco. Carlos Silva sublinhou que é importante que o “diálogo social flua entre o Governo e os sindicatos”, pois é esta a “melhor arma para alcançar uma efetiva e desejável paz social que o país requer”.
O sindicalista defendeu a concertação social e garantiu que a UGT tem por objetivo “investir em soluções que resolvam os problemas estruturais do país”. E um dos problemas a resolver, vincou, é a reposição das 35 horas de trabalho semanal para “todos os trabalhadores da administração pública”, bem como a “reposição dos 25 dias úteis de férias para o setor privado”.
“Com precariedade não há estabilidade, nem condições para promover a natalidade”, rematou.
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