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Ex-sócio de Miguel Macedo favorecido por relações com Machete

Rui Machete terá alegadamente pedido ao Serviço de Estrangeiros e Fronteiras para facilitar vistos de líbios, a pedido de Miguel Macedo.

Ex-sócio de Miguel Macedo favorecido por relações com Machete
Notícias ao Minuto

08:45 - 26/11/15 por Notícias Ao Minuto

País SEF

O Ministério Público acusa, no âmbito do caso dos vistos gold, Manuel Palos, ex-diretor dos Serviços de Estrangeiros e Fronteiras, de ter favorecido uma empresa parceira de Jaime Gomes, ex-sócio do ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, a pedido deste último.

O principal objetivo seria que fossem emitidos vistos temporários a 342 cidadãos líbios, com o intuito de estes virem fazer tratamentos médicos em Portugal, sendo que, na mesma altura, havia empresas a prestarem os mesmos serviços que não tiveram as mesmas regalias.

O caso ter-se-á iniciado quando, em agosto de 2014, o ministro cessante Rui Machete recebeu um pedido de Miguel Macedo para que o ajudasse com a emissão de vistos, já que a Embaixada de Portugal na Líbia tinha encerrado umas semanas antes.

Desta forma, e segundo o jornal Público, que cita a acusação, Rui Machete “incumbiu o seu chefe de gabinete” de perceber o tipo de tratamento que a ILS – Produtos e Soluções na Área da Saúde estava a ter por parte da Direção-Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas.

A empresa em causa era gerida por Paulo Lalanda e Castro, que contratou José Sócrates anteriormente, e que contratou a empresa de Jaime Gomes, ex-sócio de Macedo. Assim, o contrato entre as empresas pretendia resolver questões de logística e obter uma “facilitação na obtenção de visto”, dando lugar a um pagamento de 100 mil euros.

A resposta chegou com um parecer positivo por parte do diretor dos assuntos consulares e Rui Machete informou Miguel Macedo através de email. “Relativamente ao caso concreto que suscitou a nossa conversa, tenho informações de que está a ser resolvido”, podia ler-se, sendo que este email foi encaminhado pelo então ministro para o ex-sócio Jaime Gomes, “vangloriando-se com o resultado alcançado com a exceção aberta para a ILS”.

Rui Machete, numa nota enviada ao mesmo jornal pela sua assessora, assegura, porém, que esta é uma situação “normal numa relação entre colegas”, mas garante desconhecer um tratamento excecional. “Não havia situação excecional relativa a uma empresa, mas abrangia todo o setor de empresas, uma vez que o problema resultava dos vistos outorgados aos líbios e não às empresas”, frisa.

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