Cultura de "competição" aplicada por Crato aumentou chumbos
O Ministério da Educação e Ciência contraria estes dados ao destacar a quebra dos chumbos nos anos terminais de ciclo.
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País Educação
A retenção e desistência nos 1º e 2º ciclos do Ensino Básico entre 2011 e 2014 aumentaram mais de 50%. As associações de Português e Matemática chegam mesmo a acusar a equipa do Ministério da Educação de ter criado uma cultura de “competição" com a introdução de provas e metas.
No entanto, a tutela opta por destacar a quebra dos chumbos nos anos terminais de ciclo, noticia hoje o Diário de Notícias.
O relatório ‘O Estado da Educação 2014’ dá conta de que a retenção dos 1º e 2º ciclos teve em 2014 o pior registo numa década desde 2004. De 2010/11 a 2013/14, os chumbos no 1º ciclo passaram de 3,3% para 5%, no 2º ciclo de 7,4% para 11,4%, e no 3º ciclo de 13,3% para 15,1%.
São os três anos que coincidem com a entrada da troika. Mas também a altura em que o ministro introduziu várias medidas relativas à cultura de rigor e excelência, com as provas finais nos 4º e 6º anos de escolaridade.
A presidente da Associação de Professores de Matemática, Lurdes Figueiral, assegura que “seriam necessários estudos de avaliação” para se poder medir o efeito das medidas nos resultados.
“Mas há coisas que parecem mais ou menos óbvias” como “a mentalidade de competição que invadiu as escolas” com o contributo das provas dos 4º e 6º anos.
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