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O burro mirandês pode ajudar a prevenir incêndios florestais

Investigadores da Universidade de Vila Real e técnicos da Associação para Estudo e Proteção do Gado Asinino (AEPGA) estão a desenvolver um projeto com vista à prevenção de incêndios florestais recorrendo ao potencial do burro mirandês.

O burro mirandês pode ajudar a prevenir incêndios florestais
Notícias ao Minuto

10:12 - 04/08/15 por Lusa

País Investigação

Segundo disse à agência Lusa o secretário técnico da AEPGA, Miguel Nóvoa, este projeto passa pela manutenção de prados e lameiros naturais do Nordeste Transmontano, criando-se zonas "tampão" entre localidades e áreas de maior risco de incêndio.

No âmbito do projeto, os burros serão utilizados em parcelas de terreno previamente selecionadas para a redução de combustível, tanto no outono como na primavera. Ali se colocarão, no mínimo, uns dez animais, que ao longo de determinado período de tempo se alimentam, deixando os "terrenos limpos".

"Se espaços como os lameiros ou áreas semelhantes andarem limpas, é muito mais fácil dominar os incêndios, principalmente nas proximidades das localidades", frisou Miguel Nóvoa.

Este tipo de área agrícola, explicou, "está a ficar abandonado, e ali crescem mato, sebes ou giestas. Estes espaços serviam como faixas de limitação de combustível, não deixando as chamas avançarem em caso de incêndio florestal".

Agora, o propósito passa para inverter o abandono dos lameiros e dos prados, já que são espaço "únicos" para os burros andarem livremente e poderem, ao mesmo tempo, alimentar-se.

"O burro, tal como a cabra tem uma apetência por espécies arbustivas para a sua alimentação, já que a sua dieta em determinada altura do ano engloba cerca de 60% deste de arbustos e ervas", explicou Miguel Nóvoa.

Por seu lado, Miguel Quaresma, investigador da UTAD, é da opinião que está poderá ser uma forma alternativa para tentar evitar a diminuição do efetivo do burro mirandês, que atualmente se encontrar em risco de extinção.

Um estudo recentemente publicado pela UTAD alerta que o burro mirandês pode extinguir-se nos próximos 50 anos.

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