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'Crash' do Citius continua a limitar atividade judiciária

Mais de meio ano depois da resolução do problema no sistema, ainda há dados por recuperar.

'Crash' do Citius continua a limitar atividade judiciária
Notícias ao Minuto

12:44 - 07/07/15 por Notícias Ao Minuto

País Governo

Foi em setembro do ano passado que o Citius, plataforma responsável pela interligação dos tribunais portugueses, 'crashou' e comprometeu o arranque do novo mapa judiciário.

Mais de meio ano depois da resolução do problema, há ainda dados estatísticos sobre o andamento e pendência de processos por chegar às mãos do Ministério da Justiça, avança esta terça-feira o jornal Público.

Apesar de funcional, os dados do Citius não estão a chegar ao Sistema de Informação de Estatísticas da Justiça (SIEJ). Depois de recuperada, a comunicação proveniente do Citius cessou, estando apenas disponíveis dados até 2013, altura em que 1,5 milhões de processos ainda estavam pendentes nos tribunais de primeira instância. Em causa, estão informações sobre o movimento de processos por tribunal, juntamente com indicadores de desempenho.

"[São documentos] muito importantes para o Ministério da Justiça em termos de monotorização e avaliação do sistema de Justiça e, em particular, da reforma judiciária, bem como para os próprios tribunais, como instrumento de planeamento de gestão", refere o responsável da Direcção-Geral da Politica da Justiça (DGPJ), Susana AntasVideira.

Sobre os dados perdidos, a responsável diz que "estão a decorrer os trabalhos de recuperação da informação e do restabelecimento de dados ao SIEJ, a partir da plataforma informática de suporte à atividade dos tribunais".

Em tom crítico, a presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses, Maria José Costeira, diz que "é inaceitável que a ministra da Justiça insista que está tudo bem, é como se estivéssemos num barco a navegar com uma venda nos olhos". "É muito preocupante não saber nada. O sistema não é fiável e pode voltar a 'crashar' a qualquer momento", alerta.

A Ordem dos Avdogados vai mais longe nas críticas e acusa a ministra Paula Teixeira da Cruz de estar a "branquear o falhanço da reforma [no Citius]". "Decorrido quase um ano, não são conhecidas as estatísticas porque não interessam", conclui.

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