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Cáritas alerta que crise económica "está longe" de ter terminado

O presidente da Cáritas Portuguesa afirmou hoje à Lusa que a crise económica "está longe" de ter terminado e que o número de pedidos de apoio não para de crescer, apesar de algumas alterações a nível macroeconómico.

Cáritas alerta que crise económica "está longe" de ter terminado
Notícias ao Minuto

21:42 - 25/05/15 por Lusa

País Eugénio Fonseca

"Estamos numa linha ascendente, tendo ultrapassado a linha perigosa que nos podia atirar para situações muito graves, mas isso não quer dizer que ultrapassamos a crise e que se estejam a vislumbrar soluções para os problemas dos cidadãos", afirmou Eugénio Fonseca durante o debate "o controlo constitucional dos direitos sociais em ciclos de crise económica", no Porto.

Eugénio Fonseca frisou que, diariamente, surgem novos pedidos de ajuda, assim como pedidos de quem já foi ajudado, mas precisa de mais.

Neste momento, é "urgente" resolver o desemprego jovem e o de longa duração porque está em risco o desenvolvimento do país e a coesão social, lembrou.

"A macroeconomia vai ter de criar condições de empregabilidade atrativa para que aqueles que saíram do país regressem", disse.

Além disso, Eugénio Fonseca considerou que é importante reconverter em termos profissionais as pessoas sem emprego há muito tempo, cuja única limitação é o fator idade, para que contribuam para a reconstrução do país.

Na sua opinião, é ainda "fundamental" alterar os estilos de vida dos portugueses, não devendo ser só as classes mais desfavorecidas a cumprir essa obrigação, mas sobretudo aqueles que tem salários milionários.

"Há muita gente que não consegue ter acesso aos direitos sociais por desconhecimento, por iliteracia e por excesso de burocracia", adiantou.

O presidente da Cáritas Portuguesa salientou que os direitos sociais existem, mas alguns diminuíram no seu valor financeiro e outros tornaram-se mais complicados no acesso, por isso, as pessoas desistem de recorrer a eles.

Por esse motivo, acrescentou, "há mais pessoas desprotegidas".

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