Dar a guarda partilhada é uma opção. Mas não de muitos
Há um juiz no Tribunal de Família de Sintra que opta pela guarda partilhada das crianças em 30% dos casos. Mas admite que são poucos os homens que colocam os filhos em primeiro lugar.
© Reuters
País Tribunais
Joaquim Silva é conhecido no Tribunal de Família de Sintra, onde é juiz, por atribuir frequentemente a guarda partilhada de crianças em casos de separação dos pais.
A opção não é recorrente e é mesmo criticada por muitos colegas. Aliás, a questão foi colocada de parte pelo próprio durante alguns anos, mesmo que os pais o solicitassem com prévio acordo. Foi Francisco, de 12 anos, que lhe permitiu ver o lado bom do regime de residência alternada.
“Pensava que, em duas casas, haveria dois estilos educativos, o que prejudicaria o desenvolvimento das crianças. Mas fui estudar e percebi que acontece o contrário”, contou o magistrado ao Expresso.
Atualmente, com 15 anos de carreira, Joaquim Silva determina guarda partilhada de menores em 30% dos casos, “a menos que os pais morem muito longe um do outro ou existam problemas específicos que o desaconselhem, como situações de violência doméstica que possam colocar a criança em risco”.
“As crianças estão a exigir novos pais e os homens ainda não estão a responder. Mas quando vejo um pai que quer estar mais tempo com os filhos é uma maravilha. No entanto, em geral ainda são as mulheres que colocam os filhos em primeiro lugar”, explicou.
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