População de aldeia de Coimbra foi "apanhada de surpresa"
A população do Cabouco está "habituada" às cheias do rio Ceira, mas hoje de manhã foi apanhada de surpresa com a subida do nível da água, que se deveu a um problema técnico numa barragem e não à pluviosidade.
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País Cheias
"Não choveu o suficiente para isto acontecer", disse à agência Lusa Fernando Martins, a morar há 18 anos naquela povoação do concelho de Coimbra, tendo sido acordado às 06:30 para ajudar "a salvar alguma maquinaria" do café do seu cunhado.
Para o habitante do Cabouco, as cheias "já são um hábito, quando os invernos são fortes e há temporais", em que a população prevê a subida do nível da água do rio Ceira e "vai logo tirar tudo das casas".
Hoje, a cheia resultou de "uma rutura na conduta entre a barragem do Alto Ceira e a de Santa Luzia", no concelho da Pampilhosa da Serra, e não da pluviosidade, que não seria suficiente para a subida registada das águas, explicou o comandante dos Bombeiros Sapadores de Coimbra, Paulo Palrilha.
Segundo o comandante, o ponto máximo do nível da água "foi de um metro", registado por volta das 11:00, sendo que "o caudal já está a diminuir".
Paulo Palrilha referiu que cerca de "doze habitações foram afetadas", não havendo porém "risco para as pessoas", tendo a maior parte saído das suas casas.
A cheia do rio Ceira levou também ao corte do trânsito na ponte que atravessa as duas margens, no Cabouco, estando parte da ponte e da estrada completamente submersas.
O acidente na conduta, de acordo com o comandante, ocorreu "por volta das 06:00".
Lurdes Antunes, habitante da povoação, contou que "nunca foi normal" a água ir para dentro das casas.
A habitante frisou que, no seu café, a "água chegava pelos joelhos", quando de lá saiu, não tendo conseguido "agarrar" e salvar tudo, estando à espera de saber se houve danos no estabelecimento.
Encontram-se no local 15 operacionais dos Bombeiros Sapadores e Voluntários de Coimbra, apoiados por cinco viaturas e um barco, além de elementos da GNR.
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