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Politécnicos vivem com metade dos recursos de há seis anos

O presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP) reclamou hoje estabilidade financeira para estas instituições que garantiu estarem a viver com metade dos recursos de há seis anos.

Politécnicos vivem com metade dos recursos de há seis anos
Notícias ao Minuto

21:57 - 28/01/15 por Lusa

País CCISP

Joaquim Mourato falava aos jornalistas à margem da tomada de posse para um segundo mandato à frente do organismo que representa os 15 politécnicos portugueses.

A cerimónia, que decorreu no Instituto Politécnico de Bragança (IPB), em simultâneo com as comemorações dos 32 anos desta instituição, contou com a presença do ministro da Educação, Nuno Crato, que prometeu a "continuidade de diálogo".

O governante não ouviu o presidente do CCISP fazer as contas à sucessão de cortes orçamentais e aumento de outras despesas que perfazem, segundo Joaquim Mourato, uma redução global nos orçamentos disponíveis na ordem de 50 por cento.

"Podemos dizer que as instituições hoje vivem com cerca de metade dos recursos que viviam há seis, sete anos", afirmou aos jornalistas.

O presidente do CCISP antevê que 2015 "vai ser pior" que 2014 e alertou que, se o Governo não cumprir a garantia de que está atento à questão orçamental destas instituições, existe o risco de entrarem "em rutura".

"Com os roçamentos que hoje as instituições têm dificilmente conseguem responder aos compromissos já assumidos", vincou.

No discurso de tomada de posse, Joaquim Mourato, pediu novamente ao ministro da Educação mais "estabilidade", com orçamentos plurianuais para as instituições de ensino superior.

"As instituições têm muita dificuldade em planear, nós estamos em 2015 e ainda não conhecemos integralmente o orçamento que vamos ter disponível para este mesmo ano de 2015", concretizou.

Joaquim Mourato pediu ainda ajustamentos em programas de apoio às instituições do interior, como o Mais Superior, com alterações de critérios para que efetivamente consiga captar jovens do litoral e não os que já se encontram nas regiões e nas instituições.

O ministro Nuno Crato destacou "o dinamismo" dos institutos politécnicos e as novas ofertas como os cursos técnicos profissionais com 94 a funcionaram no ano de arranque e mais de "450 propostas" para o próximo ano letivo.

"Os politécnicos têm de se impor, sobretudo pela sua qualidade e pela adaptação das suas ofertas às necessidades locais, do país", afirmou.

Nuno Crato lembrou que 37 por cento dos estudantes, mais de 15 mil jovens, que este ano entraram para o Ensino Superior, escolheram o politécnico.

O anfitrião da cerimónia e presidente do politécnico de Bragança, Sobrinho Teixeira, alertou para "o perigo" de os financiamentos do próximo quadro comunitário de apoio, apesar de destinados à inovação, não chegarem ao interior.

Sobrinho Teixeira reclama concursos específicos direcionados para o desenvolvimento do interior Norte de Portugal.

O dirigente fez votos de que as comemorações do Dia do IPB, dentro de um ano, seja celebrado nas novas instalações de Mirandela, cidade de uma das cinco escolas desta instituição com cerca de 7.000 estudantes, 1.200 dos quais estrangeiros.

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