Aguiar-Branco visita Timor-Leste com cooperação militar na agenda
O ministro da Defesa português, José Pedro Aguiar-Branco, realiza uma visita oficial a Timor-Leste na terça e quarta-feira, a convite do primeiro-ministro e seu homólogo timorense, Xanana Gusmão, numa visita em que será discutida a cooperação militar.
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País Ministro da Defesa
A visita oficial de dois dias do ministro português "inclui encontros com os Chefes de Estado e de Governo de Timor-Leste" para tratar de "assuntos de natureza bilateral na área da Defesa e da cooperação técnico-militar entre os dois países", divulgou o Ministério da Defesa Nacional português.
Esta deslocação de Aguiar-Branco ocorre depois de, no início do mês, o Governo de Timor-Leste ter ordenado a expulsão, no prazo de 48 horas, de oito funcionários judiciais, cinco juízes e uma procuradora portugueses, um procurador cabo-verdiano, e um oficial da PSP.
O ministro português disse, a 10 de novembro no parlamento, esperar que a suspensão da cooperação com Timor-Leste na área da Justiça não afete a cooperação técnico-militar.
Em Díli, Aguiar-Branco terá uma reunião bilateral com o primeiro-ministro, Xanana Gusmão, que é simultaneamente ministro da Defesa e Segurança de Timor-Leste, estando prevista a assinatura de um memorando de entendimento entre os dois países, de acordo com o programa da visita, divulgado pelo Ministério da Defesa Nacional português.
Do programa consta igualmente um jantar oferecido por Xanana Gusmão e, já na quarta-feira, uma audiência com o Presidente da República, Taur Matan Ruak, um encontro com o Chefe das Forças de Defesa de Timor-Leste, Major-General Lere Anan Timur, e uma visita ao Instituto de Defesa Nacional.
No parlamento, Aguiar-Branco frisou que a área da cooperação técnico-militar "tem sido um pilar" e "um elo" na relação com "países irmãos", apesar das "flutuações nas relações entre outras áreas".
O ministro reforçou a ideia de que desejaria que a cooperação técnico-militar se mantivesse e adiantou que até ao momento "não houve nenhuma perturbação".
Aguiar-Branco sublinhou que no passado a cooperação técnico-militar se manteve em "níveis de estabilidade" com outros países que "sofreram turbulência nas relações noutras áreas por razões diversas".
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