UGT insta governos a deixarem subserviência em relação à UE
O secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), Carlos Silva, defendeu hoje a necessidade dos governos dos estados-membros não serem "subalternos e subservientes" nas negociações com a União Europeia.
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País Carlos Silva
"É importante que os governos não sejam subalternos, não sejam subservientes, que percebam que numa negociação com a União Europeia e com as organizações europeias é preciso dar um murro na mesa de vez em quando", disse o dirigente nacional da UGT no encerramento do II congresso regional da UGT na Madeira, que decorreu no Funchal, subordinado ao tema "recuperar a esperança, olhar o futuro", que serviu também para reconduzir o atual dirigente madeirense, Ricardo Freitas.
Carlos Silva declarou que a UGT quer continuar a ter um papel ativo na concertação social e "está proibida de falhar" na sua intervenção.
O responsável considerou que, no atual contexto económico e social, o aumento do valor salário mínimo nacional, apesar de não ser o desejado, acaba por ser "uma conquista".
Para o dirigente da UGT, "a negociação é a arma para enfrentar a situação de crise", salientando que esta frente sindical "não faz agitação apenas por agitação", recorrendo a esta forma de luta "apenas depois de esgotado" o diálogo.
"Era para nós impensável que este Governo fosse de novo investir ma mesmíssima receita dos últimos anos. Não estamos a pactuar com nisto, já o transmitimos ao Governo e vamos continuar a fazer o nosso caminho junto dos partidos na Assembleia da República e do Presidente da República, no sentido de também continuar a pressionar para termos menos carga fiscal", declarou também Carlos Silva.
O dirigente referiu que um dos objetivos é "promover a curto e médio prazo 60 mil postos de trabalho na área do comércio, serviços e turismo".
O sindicalista sustentou igualmente ser necessário promover o emprego jovem em Portugal, opinando que tal só é possível "com políticas públicas de incentivo à economia".
"A mensagem que tem passado tenta sempre desvirtuar o que é o tributo dos trabalhadores da função pública numa sociedade justa, democrática, elevada e moderna como é a sociedade portuguesa e europeia", argumentou.
O responsável assegurou que tudo fará "para prover a elevação dos trabalhadores do setor público à sua devida dignidade, exatamente igual aos outros".
"Não aceito com leviandade que se ponha em cima do funcionalismo público as cargas de trabalhos e dificuldade que o país tem vivido", adiantou.
Por seu turno, Ricardo Freitas, o responsável da UGT-Madeira, defendeu que "tem de haver maior capacidade de intervenção dos parceiros sociais na vida desta região".
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