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PNR passeou em protesto pelo Martim Moniz

Uma centena de apoiantes do Partido Nacional Renovador (PNR) concentrou-se hoje no Martim Moniz sob o lema da "reconquista", numa ação que mereceu protestos de um grupo de jovens que chegou a gritar palavras como "fascismo nunca mais".

PNR passeou em protesto pelo Martim Moniz
Notícias ao Minuto

18:50 - 27/09/14 por Lusa

País Lisboa

A ação do PNR tinha o ponto de encontro marcado para a frente de um hotel no Martim Moniz e foi daí que cerca de uma centena de apoiantes do partido partiu em direção ao um dos centros comerciais daquela praça do centro de Lisboa. Em fila, os apoiantes do PRN percorreram apenas alguns corredores do centro comercial, dirigindo-se de seguida para o outro espaço que existe no Martim Moniz, zona onde normalmente se concentram muitos imigrantes e onde existem inúmeras lojas chinesas, indianas, entre outras.

Contudo, quando os apoiantes do PNR se preparavam para entrar no segundo centro comercial, cerca de meia centena de jovens, que desde o início seguiam ao longe os movimentos dos apoiastes do PNR começaram a gritar palavras como "nazis", "fascistas" e "25 de abril sempre".

De imediato o dispositivo policial que se encontrava no local, com cerca de uma dezena de agentes, colocou-se entre os dois grupos, que nunca chegaram a estar a menos de 10 metros um do outro, separados por um pequeno cordão de polícias.

Do lado do PNR, a resposta veio com gritos de "Portugal sempre", "Portugal independente" e "ninguém cala a nossa voz".

Os dois grupos, sempre separados, dirigiram-se depois para o meio da praça do Martim Moniz, tendo o grupo de jovens começado a cantar a "Grândola".

Em declarações aos jornalistas, ainda antes de partirem para a pequena volta pelo Martim Moniz, o presidente do PNR, José Pinto Coelho, explicou a que a ação do seu partido pretendia ser uma "chamada de atenção".

"Dia após dia estamos a perder a nossa identidade nacional, a nossa soberania, Portugal já é só uma miragem hoje em dia", disse, lamentando que os portugueses se estejam a ir embora do país "a convite dos políticos".

"Estamos a ser dominados por políticos - e não só deste Governo, de todos os Governos - insensíveis que não hesitam a apertar o cinto à volta do pescoço do seu povo, mas depois são esses mesmos políticos que não se lembram se ganharam milhares de contos há uns anos atrás", acrescentou.

Garantindo que o PNR não é contra a imigração ou os imigrantes que vêm para Portugal "por bem", José Pinto Coelho insistiu que "os grandes culpados disto tudo são os políticos".

"Para reconquistar só há uma hipótese é correr com eles, mostrar que há uma alternativa, tal como aquela que está a crescer em França, que é a Frente Nacional Francesa", sublinhou.

Em declarações aos jornalistas, Miriam Zaluar, que integrava o grupo de jovens que gritou palavras como "fascismo nunca mais" aos apoiantes do PNR, garantiu que o intuito não foi provocar aquele grupo.

"Viemos espontaneamente, pessoas de várias áreas do movimento social, mas não há nenhum partido político", assegurou, considerando que no momento que se vive no mundo "faz sentido novamente as pessoas levantarem-se contra o fascismo, contra o nacionalismo, contra estas as ideologias extremamente perigosas que se estão a desenhar em diversos países".

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