Secretas sem dinheiro para espiar
A crise também chegou às secretas. De acordo com um documento a que o Diário de Notícias teve acesso, ?as fortes restrições orçamentais? levaram ao encerramento de postos no exterior para onde são destacados espiões, tendo havido um aumento do trabalho de secretaria.
© Reuters
País Crise
Foi entregue, ontem, na Assembleia da República um documento do Conselho de Fiscalização do Sistema de Informações da República Portuguesa que dá conta das “fortes restrições orçamentais” a que as secretas estão a ser sujeitas.
“Desde 2008, fizeram-se sentir restrições orçamentais (…), constatando-se no caso do Serviços de Informações Estratégicas de Defesa, o encerramento de estações – postos no exterior onde estão destacados espiões – e no caso do Centro de Informações e Segurança Militares uma grave insuficiência de recursos humanos”, pode ler-se no documento a que o Diário de Notícias teve acesso.
O balanço apresentado pelo conselho de fiscalização das secretas nota ainda que estas “fortes restrições orçamentais” obrigaram à adoção de “medidas de rigorosa gestão financeira”.
Esta não é, aliás, uma novidade. Quando, em 2010, o ex-diretor do SIED (Serviços de Informações Estratégicas de Defesa) apresentou a sua demissão, fê-lo com o argumento de que “o orçamento não chega para manter o atual nível de funcionamento do serviço tal como estava pensado e planeado nos últimos anos”.
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