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Revolução é "lembrete" na memória da guerra em Angola

O historiador angolano Américo Kwononoka considerou que o 25 de Abril não é apenas "um lembrete na trajetória da luta heroica" de Angola, já que foi o culminar de toda a resistência dos africanos contra o colonialismo português.

Revolução é "lembrete" na memória da guerra em Angola
Notícias ao Minuto

07:41 - 16/04/14 por Lusa

País 25 de Abril

Para Américo Kwononoka, a data é "histórica e incontornável" para Portugal e "deve inspirar as novas gerações para o fortalecimento da democracia e pela justiça social".

"Para os angolanos, o 25 de Abril não é muito relevante, na medida em que foi a luta dos melhores filhos de Angola que forçou e contribuiu para o derrube do fascismo salazarista de Portugal pelos próprios portugueses, que, cansados com as derrotas e perdas dos seus filhos por causas injustas nas ex-colónias, deram o golpe final", afirmou o historiador.

Américo Kwononoka referiu que a importância para os angolanos da Revolução dos Cravos consubstanciou-se na aceleração das negociações e na criação e condições para, no ano seguinte, Angola proclamar a sua independência, a 11 de novembro de 1975.

"Foi a luta armada dos angolanos e de outros africanos que forçou o 25 de Abril e este acelerou a assinatura dos acordos para a independência de Angola", afirmou.

A pouca referência ao 25 de Abril nos manuais de História do ensino angolano justifica-se, segundo o historiador, com algumas más lembranças dessa data, sobretudo em Luanda.

"Muitos portugueses assassinaram angolanos nos bairros de Luanda, houve muitas manifestações com oportunistas à mistura, querendo uma independência só dos brancos angolanos (...). Ainda na ressaca do 25 de Abril, nas zonas rurais incendiaram as suas mercadorias com muitos distúrbios. São poucos os motivos para os angolanos exaltarem o 25 de Abril, pois sem ele a independência, de qualquer forma e a todo o custo, seria alcançada", concluiu.

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