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Avós estão a ajudar filhos e netos

Muitos reformados da geração dos anos 50 ainda são o núcleo aglutinador das famílias, ajudando filhos e netos a enfrentarem a crise económica, afirmou o presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Setúbal.

Avós estão a ajudar filhos e netos
Notícias ao Minuto

21:33 - 27/09/12 por Notícias Ao Minuto com Lusa

País Seixal

Vários avós estão a ser o suporte principal das gerações mais recentes. A denúncia vem da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social de Setúbal. "O que ainda vale muitas vezes às famílias são as pessoas da geração dos anos 50, que estão reformadas, mas que ainda são o núcleo aglutinador dessas famílias, que estão a desfazer-se", disse Florindo Paliotes, o presidente da União.

O presidente da UDIPSS-Setúbal frisou que "nos jardins-de-infância todos os anos aumenta o número de mães solteiras, o número de mães divorciadas e o número de pais desempregados e que não têm capacidade para dar a sua contribuição social" para a educação dos filhos. Florindo Paliotes falava a dezenas de pessoas numa sessão de esclarecimento sobre "A situação social do distrito de Setúbal e a pobreza", na Associação Unitária de Reformados Pensionistas e Idosos de Miratejo, no concelho do Seixal.

Acompanhado pelo responsável da associação local e pelos presidentes das uniões de reformados do Seixal e de Miratejo, afirmou que na origem de muitos destes problemas que afectam todos os elementos do agregado familiar, da criança ao idoso, está o desemprego provocado pela falência de muitas empresas. Uma situação que, segundo disse, é ainda mais dramática pelo facto de quase metade dos desempregados não beneficiar de qualquer apoio do Estado.

"Cerca de metade dos desempregados do distrito - 42/43 por cento - não têm qualquer subsídio", notou Florindo Paliotes, salientando que se trata de uma situação que tem repercussões na escola, na saúde e também nas Instituições Particulares de Solidariedade Social.

"Quando uma família não recebe apoios sociais - porque a Segurança Social não tem capacidade, devido aos cortes orçamentais -, isso tem repercussões na escola, porque as crianças muitas vezes tomam a única refeição quente nos jardins-de-infância ou na escola, põe em causa a subsistência das pessoas que ainda têm idade para trabalhar e aumenta a criminalidade", sublinhou.

Para inverter o cenário negro que descreveu, Florindo Paliotes defendeu a necessidade de se implementarem novas políticas que dêem resposta aos problemas vividos por milhares de famílias do distrito de Setúbal.

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