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Primeiro-ministro da Tunísia demite dois ministros contestados

O chefe do Governo tunisino, Youssef Chahed, demitiu hoje à noite os contestados ministros das Finanças e da Educação, anunciou uma fonte governamental citada pela agência noticiosa francesa AFP.

Primeiro-ministro da Tunísia demite dois ministros contestados
Notícias ao Minuto

23:40 - 30/04/17 por Lusa

Mundo Youssef Chahed

Chahed "demitiu de funções Lamia Zribi, ministra das Finanças, e Néji Jalloul, ministro da Educação", disse a fonte, sem mais pormenores.

Zribi esteve recentemente no centro de uma polémica sobre a desvalorização da moeda nacional, enquanto a saída de Jalloul era insistentemente reclamada há vários meses por um sindicato.

O ministro do Investimento, Fadhel Abdelkéfi, assumirá interinamente a pasta das Finanças, ao passo que o ministro do Ensino Superior e da Investigação, Slim Khalbous, será temporariamente encarregado da pasta da Educação, segundo a mesma fonte.

Jalloul, que iniciou uma reforma do calendário escolar, tinha uma relação conflituosa com muitos professores, que se sentiam regularmente "insultados" pelas declarações do ministro a seu respeito.

Os defensores do ministro da Educação, esses, justificavam a sua forma de falar franca com os "desvios" no setor.

Por sua vez, Zribi tinha sido recentemente criticada após uma entrevista em que falou do dinar tunisino. Apesar de o seu ministério ter defendido a moeda nacional, ela foi acusada de acelerar, mesmo que involuntariamente, a depreciação da mesma.

O atual Governo, chamado de união nacional, foi formado no ano passado após semanas de negociações, depois de o seu antecessor ter sido considerado um fracasso na economia.

Em fevereiro, Chahed procedeu a uma remodelação, em que mudou o titular do estratégico cargo de ministro da Função Pública, e um antigo sindicalista foi substituído por um dirigente da central patronal. Em seguida, confrontado com críticas, o primeiro-ministro simplesmente suprimiu a pasta.

A demissão dos dois ministros ocorreu também depois da atribulada visita de uma delegação ministerial liderada pelo chefe do executivo na quinta-feira a Tataouine, região do Sul há várias semanas agitada por movimentos sociais.

Apesar de a Tunísia - único dos países onde houve Primavera Árabe em que esta sobreviveu - ter sido bem-sucedida na sua transição política, ela continua mergulhada numa crise económica e social, seis anos após a sua revolução.

Perante as dificuldades, o país viu-se obrigado a pedir um novo plano de ajuda financeira, no valor de 2,9 mil milhões de dólares em quatro anos, ao Fundo Monetário Internacional (FMI).

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