Obama tem 50 horas para conquistar Israel
O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, começa esta quarta-feira uma visita de 50 horas ao Médio Oriente, com o objectivo de estreitar os laços com Israel, embora também se vá encontrar com o líder palestiniano Mahmoud Abbas.
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Mundo Visitas
Obama vai reunir-se com o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu e assim tentar resolver as suas diferenças sobre o programa nuclear do Irão e sobre os colonatos em território palestiniano.
Numa entrevista a uma televisão israelita sobre a sua visita de 50 horas à região, Obama sublinhou que o seu objectivo é “ouvir”, acrescentando que quer analisar qual a estratégia e visão dos dois lados, Israel e Palestina.
Apesar da anunciada abertura para o debate com os dois lados da barricada, Obama reconhece que Israel é dos aliados mais importantes do país que lidera e reconhece: “Encontrei-me com ‘Bibi’ [alcunha de Netanyahu] mais do que qualquer outro líder. Temos uma óptima relação profissional: ele é muito directo comigo e eu sou muito directo com ele”.
Por outro lado, o Presidente também reconhece as suas diferenças com o líder israelita e admite que “houve momentos” em que tiveram “divergências, mas a relação entre os dois países e os dois povos é tão forte que as divergências políticas – não pessoais – acabam por ser ultrapassadas”.
Ainda assim, nem todo o país reconhece a aliança. Um inquérito de um jornal local revelou que 36% dos israelitas consideram Obama mais pró-palestiniano do que pró-Israel, face a 26% que defendem o contrário.
Aliás, as bandeiras com frases celebrativas da visita de Obama foram vandalizadas em sinal de protesto, contra a deslocação do líder norte-americano. A direita israelita mais radical insiste em tratar o chefe de Estado dos EUA por Barack Husein Obama.
Ainda antes do encontro com ‘bibi’, Obama visita hoje as instalações do sistema antimíssil israelita conhecido como ‘Cúpula de Ferro’, financiado pelos Estados Unidos.
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