Acordo nuclear atrasou 10 a 15 anos bomba atómica pelo Irão
O acordo nuclear com as potências mundiais permitiu atrasar por 10 a 15 anos a obtenção de armas nucleares pelo Irão, afirmou hoje o diretor IISS, uma das principais organizações internacionais de estudos de defesa, John Chipman.
© Reuters
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"2015 foi em grande medida um bom ano em notícias sobre a proliferação de armas de destruição em massa, principalmente porque vimos a conclusão do acordo do G5+1 sobre o processo nuclear iraniano", disse o diretor executivo do International Institute for Strategic Studies (IISS) à agência France Presse.
"Há muitos céticos sobre se foi um bom acordo, mas há um consenso de que pelo menos atrasou por uns 10 anos, possivelmente 15, a aquisição pelo Irão de uma arma nuclear", acrescentou.
Chipman falava à margem da apresentação, hoje em Londres, do relatório anual do instituto sobre o equilíbrio de forças no mundo.
A principal conclusão do relatório é que a superioridade militar do Ocidente está em declínio, devido ao maior acesso global a armas e tecnologias avançadas e ao aumento do investimento militar de países como a Rússia e a China.
"A Rússia e a China são cada vez mais ativas no desenvolvimento e projeção de equipamento militar avançado", disse ao apresentar o relatório, que analisa a capacidade militar e a despesa em defesa de mais de 170 países.
"A superioridade militar tecnológica do Ocidente, um pressuposto fundamental das duas últimas décadas, está a erodir-se", acrescentou.
Em linha com os dados divulgados em dezembro pela publicação de análise militar IHS Jane, o IISS confirmou que os Estados Unidos continuam a ser o país do mundo que mais gasta em defesa: 597,5 mil milhões de dólares (528,3 mil milhões de euros) em 2015.
Seguem-se a China (129 mil milhões de euros), a Arábia Saudita (72,4 mil milhões), a Rússia (58 mil milhões), o Reino Unido (49,6 mil milhões) e a Índia (42,4 mil milhões).
Entre os 15 países que mais gastam em defesa figuram ainda França, Japão, Alemanha, Coreia do Sul, Brasil, Austrália, Itália, Iraque e Israel.
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