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Zika: Tudo o que precisa de saber

Com uma estimativa de três a quatro milhões de pessoas infetadas pelo vírus Zika, está lançado o alerta mundial.

Zika: Tudo o que precisa de saber
Notícias ao Minuto

08:02 - 29/01/16 por Carolina Rico

Mundo Vírus

A Organização Mundial de Saúde diz que o vírus Zika está "a propagar-se de forma explosiva" no continente americano e anunciou que se vai reunir no dia 1 de fevereiro para avaliar se este surto constitui uma emergência sanitária internacional.

Em Portugal, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS), foram, até ao momento, notificados seis casos de doença, todos importados da América do Sul

O que é o Zika?

Trata-se de um vírus já conhecido desde 1947, tendo sido identificado pela primeira vez na floresta Zika, Uganda, e que tem vindo nos últimos dias a afetar o continente americano.

Como se transmite o vírus?

Através da picada de um mosquito do género Aedes (o mesmo que transmite o dengue e a febre amarela) infetado. Em regra, a doença não se transmite de pessoa para pessoa, pelo que não haverá risco de formação de cadeias de transmissão.

A possível transmissão sexual do vírus ainda não foi comprovada cientificamente, mas também não pode ser descartada uma vez que já foram identificados dois possíveis casos de infeção com o vírus Zika por transmissão sexual.

Quais são os sintomas?

Apenas uma em cada cinco pessoas infetadas com o vírus fica doente. Os infetados podem sentir febre, erupções cutâneas, dor nas articulações e conjuntivite. Os sintomas podem durar até uma semana.

Porque é que este vírus é especialmente preocupante para grávidas?

A infeção pelo vírus Zika está associada a complicações neurológicas e malformações em fetos. No Brasil, o Zika já foi ligado a 3.893 casos de bebés nascidos com microcefalia (as crianças nascem com o crânio mais pequeno e em consequência têm um desenvolvimento cerebral reduzido e maior risco de morte).

Este mosquito existe em Portugal?

O mosquito Aedes não existe no continente português mas já foi identificado na Madeira. Este inseto não sobrevive em países onde as temperaturas são baixas.

Que precauções há a tomar?

A DGS recomenda: antes viajar para zonas afetadas deve procurar aconselhamento em Consulta do Viajante e no país de destino deve seguir as recomendações das autoridades locais.

Deve assegurar proteção contra picada de mosquitos utilizando vestuário adequado para diminuir a exposição corporal à picada (camisas de manga comprida, calças); optar preferencialmente por alojamento com ar condicionado; utilizar redes mosquiteiras; ter especial atenção aos períodos do dia em que os mosquitos do género Aedes picam (início da manhã e fim da tarde).

Deve ainda aplicar repelentes mas saiba que estes não são recomendados para recém-nascidos com idade inferior a 3 meses. Crianças e mulheres grávidas podem utilizar repelentes de insetos apenas mediante aconselhamento de profissional de saúde. Se tiver de utilizar protetor solar e repelente, deverá aplicar primeiro o protetor solar e depois o repelente.

As grávidas que tenham permanecido em áreas afetadas devem consultar o médico de família ou o obstetra após o regresso, mencionando a viagem.

Que países estão a ser afetados?

O Brasil é o país mais atingido, estimando-se 600.000 infetados em 2016. Segue-se a Colômbia com 13.808 casos.

Também foram notificados casos de doença por vírus Zika em Cabo Verde, El Salvador, Fiji, Guatemala, México, Nova Caledónia, Panamá, Paraguai, Porto Rico, Samoa, Ilhas Salomão, Suriname, Vanuatu, Venezuela, Martinica, Guiana Francesa e Honduras.

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