Tsipras admite cooperação com socialistas do Pasok, mas com condições
A cerca de duas semanas das legislativas de 20 de setembro, o líder do Syriza e primeiro-ministro demissionário, Alexis Tsipras, admitiu uma hipótese de cooperação com os socialistas do Pasok caso não garanta maioria absoluta.
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Mundo Grécia
Até ao momento, Tsipras tinha excluído qualquer cooperação com os partidos do "velho regime" para formar governo, em particular com o partido de direita Nova Democracia (ND) e com o Pasok.
No entanto, e em entrevista na noite de quinta-feira à cadeia televisiva Kontra não excluiu a cooperação com o Pasok caso a nova dirigente do partido, Fofi Gennimata, mude de posição e "assuma as suas distâncias face à direita".
"Fofi Gennimata adotou a posição da direita e não a da social-democracia europeia. Se isso não mudar, e ficaria contente se mudasse, não existe perspetiva de cooperação", indicou Tsipras.
De acordo com as recentes intenções de voto, o Syriza tem poucas hipóteses de garantir a maioria absoluta nas legislativas de 20 de setembro, que se preveem muito disputadas.
De acordo com uma sondagem divulgada na quinta-feira pela cadeia televisiva Mega e conduzida pelo instituto GPO, o partido está lado a lado com a ND, o seu principal adversário e com 25% de intenções de voto, garantindo apenas uma vantagem de 0,5%.
Na quarta-feira, a direita foi pela primeira vez creditada com uma ligeira vantagem sobre o Syriza, recolhendo 25,3% dos votos contra 25% para o partido de Tsipras.
Após a vitória eleitoral de janeiro, com 36,3% dos votos que lhe garantiu 149 dos 300 deputados, o Syriza optou por se aliar aos Gregos Independentes (Anel), um partido soberanista de direita que então elegeu 13 deputados. No entanto, e segundo os analistas, esta formação terá agora grandes dificuldades em atingir a barreira mínima de 3% de votos expressos que garante representação parlamentar, forçando Tsipras a novos compromissos.
Num discurso eleitoral na noite de quinta-feira no bairro popular de Egaleo, oeste de Atenas, Tsipras voltou a apelar a um "mandato claro", a uma "maioria absoluta" nas legislativas de 20 de setembro.
O Pasok, que atualmente reúne apenas 5% das intenções de voto, espera agora reforçar o seu partido após a decisão de se aliar ao pequeno partido da esquerda moderada Dimar, uma cisão do Syriza e que em 2012 perdeu a sua representação parlamentar.
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