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Tsipras admite cooperação com socialistas do Pasok, mas com condições

A cerca de duas semanas das legislativas de 20 de setembro, o líder do Syriza e primeiro-ministro demissionário, Alexis Tsipras, admitiu uma hipótese de cooperação com os socialistas do Pasok caso não garanta maioria absoluta.

Tsipras admite cooperação com socialistas do Pasok, mas com condições
Notícias ao Minuto

14:38 - 04/09/15 por Lusa

Mundo Grécia

Até ao momento, Tsipras tinha excluído qualquer cooperação com os partidos do "velho regime" para formar governo, em particular com o partido de direita Nova Democracia (ND) e com o Pasok.

No entanto, e em entrevista na noite de quinta-feira à cadeia televisiva Kontra não excluiu a cooperação com o Pasok caso a nova dirigente do partido, Fofi Gennimata, mude de posição e "assuma as suas distâncias face à direita".

"Fofi Gennimata adotou a posição da direita e não a da social-democracia europeia. Se isso não mudar, e ficaria contente se mudasse, não existe perspetiva de cooperação", indicou Tsipras.

De acordo com as recentes intenções de voto, o Syriza tem poucas hipóteses de garantir a maioria absoluta nas legislativas de 20 de setembro, que se preveem muito disputadas.

De acordo com uma sondagem divulgada na quinta-feira pela cadeia televisiva Mega e conduzida pelo instituto GPO, o partido está lado a lado com a ND, o seu principal adversário e com 25% de intenções de voto, garantindo apenas uma vantagem de 0,5%.

Na quarta-feira, a direita foi pela primeira vez creditada com uma ligeira vantagem sobre o Syriza, recolhendo 25,3% dos votos contra 25% para o partido de Tsipras.

Após a vitória eleitoral de janeiro, com 36,3% dos votos que lhe garantiu 149 dos 300 deputados, o Syriza optou por se aliar aos Gregos Independentes (Anel), um partido soberanista de direita que então elegeu 13 deputados. No entanto, e segundo os analistas, esta formação terá agora grandes dificuldades em atingir a barreira mínima de 3% de votos expressos que garante representação parlamentar, forçando Tsipras a novos compromissos.

Num discurso eleitoral na noite de quinta-feira no bairro popular de Egaleo, oeste de Atenas, Tsipras voltou a apelar a um "mandato claro", a uma "maioria absoluta" nas legislativas de 20 de setembro.

O Pasok, que atualmente reúne apenas 5% das intenções de voto, espera agora reforçar o seu partido após a decisão de se aliar ao pequeno partido da esquerda moderada Dimar, uma cisão do Syriza e que em 2012 perdeu a sua representação parlamentar.

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