EUA vão "acelerar" venda de armas aos países do Golfo
Os Estados Unidos vão "acelerar" vendas de armas aos países árabes do Golfo, anunciou hoje o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, face à inquietação das monarquias sunitas sobre as ambições regionais do Irão xiita.
© Reuters
Mundo John Kerry
"Chegámos a acordo para acelerar algumas vendas de armas que são necessárias e que no passado demoraram demasiado tempo", declarou Kerry durante uma conferência de imprensa no Qatar.
John Kerry deslocou-se a Doha para assegurar os seus homólogos das monarquias do Golfo das vantagens do acordo sobre o nuclear iraniano para a segurança da região.
O chefe da diplomacia de Washington participou numa reunião excecional dos ministros dos Negócios Estrangeiros dos países membros do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) -- Arábia Saudita, Bahrein, Emirados Árabes Unidos, Kuwait, Omã e Qatar.
"Chegámos a acordo sobre a criação de estruturas destinadas (...) à partilha informações", prosseguiu o responsável norte-americano.
Kerry também evocou um prosseguimento das discussões entre os Estados Unidos e os seus aliados do Golfo, iniciadas em Camp David em maio, sobre "a forma de integrar os sistemas regionais de defesa de mísseis balísticos" e ainda o aumento do número de exercícios militares conjuntos.
"Estes são alguns exemplos da forma como pensamos que a segurança na região pode ser reforçada e a cooperação melhorada", considerou John Kerry, acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros do Qatar, Khaled al-Attiya.
O ministro do Qatar, que se exprimiu em árabe em nome do seu país, assegurou que o acordo sobre o nuclear iraniano era "a melhor opção entre outras".
As monarquias do Golfo, lideradas pela Arábia Saudita, receberam com prudência o acordo histórico concluído em 14 de julho em Viena entre o Irão e as potências do grupo 5+1 (Estados Unidos, China, Rússia, França, Reino Unido, Alemanha), sob a égide da União Europeia.
Com uma duração de dez anos, o compromisso deve garantir que Teerão não irá produzir armas nucleares, em troca de um levantamento progressivo e condicional das sanções internacionais que têm afetado a sua economia.
No entanto, as potências sunitas receiam que o seu rival xiita, na sequência deste acordo, procure alargar a sua influência no mundo árabe e impor-se como potência regional.
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