Somália está melhor apesar da guerra, diz John Kerry
O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, considerou hoje em Mogadíscio que, apesar da guerra, a Somália está melhor após a criação de instituições provisórias e das vitórias militares contra os radicais islâmicos somali 'shebab'.
© Reuters
Mundo Estados Unidos
Esta visita marca o regresso diplomático dos Estados Unidos à Somália, onde Washington já estava envolvido militarmente contra os 'shebab', mas de onde saiu em 1993, com humilhação, após milícias somalis terem matado 18 soldados norte-americanos e arrastado os cadáveres pelas ruas de Mogadíscio.
Os militares norte-americanos tinham desembarcado em dezembro de 1992 para prestar ajuda aos somalis, arrasados pela fome e pela guerra civil.
"Há mais de 20 anos, os Estados Unidos foram obrigados a retirarem-se do vosso país. Regressamos agora em colaboração com a comunidade internacional, com muita esperança, mas também com preocupação", declarou Kerry, numa mensagem em vídeo dirigida ao povo somali e divulgada pelo Departamento de Estado no final da visita de três horas e meia ao aeroporto de Mogadíscio.
Trata-se da primeira visita de um secretário de Estado norte-americano a este país do Corno de África.
"Vim hoje à Somália porque o vosso país está a recuperar", adiantou Kerry, evocando a aprovação de uma Constituição provisória e a criação de um parlamento há três anos, bem como o afastamento dos 'shebab' dos centros populacionais com a ajuda da AMISOM (a força da União Africana).
"Ao lado de numerosos parceiros internacionais, os Estados Unidos estão dispostos a fazer tudo o que puderem para ajudar a Somália a ter a segurança, prosperidade e paz que vocês merecem", concluiu.
Kerry esteve em Mogadíscio com o Presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud, e apelou ao bom desenrolar das eleições legislativas em 2016 neste país em guerra e com repetidas crises humanitárias desde a queda do Presidente Siad Barre em 1991.
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