Negociações sobre nuclear em fase "difícil" e "crítica"
Os Estados Unidos vão "examinar com muita atenção" as opções que se colocam caso não seja respeitado o prazo para garantir um acordo nuclear abrangente com o Irão e que termina terça-feira, referiram hoje fontes oficiais.
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Mundo Irão
Lausana, Suíça, 30 mar - Os Estados Unidos vão "examinar com muita atenção" as opções que se colocam caso não seja respeitado o prazo para garantir um acordo nuclear abrangente com o Irão e que termina terça-feira, referiram hoje fontes oficiais.
"Não faço previsões sobre o que acontecerá de seguida", disse a porta-voz do departamento de Estado, Marie Harf, ao ser interrogada sobre o que acontecerá caso não seja anunciado até à meia-noite de terça-feira um acordo relacionado com o contencioso em torno do programa nuclear iraniano.
No entanto, prevê-se que o acordo interino com o Irão firmado em novembro de 2013 permaneça em vigor até 30 de junho, enquanto não foram acordados os detalhes técnicos desta nova iniciativa, ainda sem confirmação de sucesso.
Já o ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, assinalou hoje "muito progresso" na atual reta final negocial, apesar de admitir que se atravessa uma fase "difícil e crítica".
Uma opinião partilhada pelo chefe da diplomacia da China, Wang Yi, que se mostrou "cautelosamente otimista" sobre a possibilidade de alcançar um acordo sobre o nuclear iraniano, definindo a situação como "muito fluída".
Em declarações à imprensa na cidade suíça de Lausana, à margem da última ronda de negociações com a República islâmica do Irão, o responsável germânico disse que "houve muito progresso não apenas nos últimos 12 meses mas também aqui", numa referência aos atuais contactos diplomáticos.
"Não deixaremos de tentar todo o possível" para garantir um acordo, mas "também não permitiremos um mau negócio" com os iranianos, concluiu o ministro alemão.
"As posições entre as duas partes estão a aproximar-se. Sou cautelosamente otimista sobre a possibilidade de um acordo", declarou aos jornalistas o responsável pelas relações externas de Pequim.
No entanto, Wang Yi advertiu que "todo mundo deve contribuir" para alcançar o consenso entre as partes, mas sem especificar.
O responsável chinês, que nos últimos dias manteve diversos encontros com os seus homólogos, acrescentou que na reunião plenária de hoje houve acordo entre as seis potências em considerar a situação como "muito fluída".
O objetivo das seis potências, os cinco países que possuem direito de veto no Conselho de Segurança (Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido), e a Alemanha, que se têm reunido com responsáveis iranianos, consiste em obter um acordo duradouro até terça-feira e que termine com um contencioso que se prolonga há mais de uma década.
A comunidade internacional receia que o Irão pretenda munir-se da bomba nuclear, uma alegação desde sempre rejeitada por Teerão que insiste na componente exclusivamente civil do seu programa.
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