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Cabecilhas de casamentos por conveniência com portuguesas condenados

O cabecilha de um esquema de casamentos por conveniência de imigrantes paquistaneses no Reino Unido com mulheres portuguesas foi condenado a quatro anos de prisão, enquanto uma cúmplice portuguesa recebeu uma pena menor.

Cabecilhas de casamentos por conveniência com portuguesas condenados
Notícias ao Minuto

14:44 - 21/11/14 por Lusa

Mundo Reino Unido

As sentenças a Muhammed Amir e Diana Miguel foram decretadas na quinta-feira pelo tribunal criminal de Manchester, acusados de organizar vários casamentos no ano passado no condado de Lancashire, no nordeste de Inglaterra.

Segundo o jornal local Lancashire Telegraph, durante o julgamento descobriu-se que era a portuguesa de 21 anos que recrutava as mulheres para noivas e servia de intérprete enquanto Amir, de nacionalidade paquistanesa, reservava voos e pagava os voos de Portugal para Inglaterra.

Os enlaces levantaram suspeitas às autoridades por os casais não terem um idioma em comum para comunicarem e saberem pouco sobre o respetivo parceiro e todos os seis envolvidos detidos numa operação em março deste ano.

Um casamento é considerado por conveniência quando um cidadão não europeu casa com outro de um país da União Europeia com a intenção de obter um visto de residência de longa duração, bem como o direito de trabalhar e reclamar apoios sociais.

Quatro dos noivos, todos de nacionalidade paquistanesa e que pagariam até oito mil libras (10 mil euros), declararam-se culpados de conspiração para colaborar em imigração ilegal, e foram condenados a um ano de prisão, mas as "noivas" regressaram a Portugal.

Muhammed Amir e Diana Miguel declararam-se culpados de conspiração para facilitar a imigração ilegal por um cidadão de fora da União Europeia, mas a portuguesa recebeu uma sentença de menor, de 15 meses de prisão.

Devido ao tempo que passou em prisão preventiva, será autorizada a regressar ao Porto para cuidar da filha, que sofre de paralisia cerebral, referiu o jornal.

O secretário de Estado para a Segurança e Imigração, James Brokenshire, afirmou em comunicado sobre o resultado do julgamento que "este caso envia uma mensagem clara a quem pensa que consegue enganar as nossas leis de imigração".

Só em 2013, segundo números oficiais, foram descobertos mais de 1.300 casamentos por conveniência no Reino Unido, mais do dobro daqueles identificados no ano passado, tendo vários casos envolvido mulheres e homens de nacionalidade portuguesa.

Já em março deste ano, Raquel Furtado, de 22 anos, foi condenada a dois anos de prisão por bigamia ao ser apanhada em flagrante a casar com um noivo nigeriano com o visto expirado, tendo as autoridades descoberto mais tarde que a portuguesa estava casada com outros três homens.

Recentemente, foram introduzidas alterações à legislação britânica sobre a imigração para dificultar estes estratagemas, alargando o período de anúncio obrigatório em edital para os casamentos e uniões civis, dando mais tempo às autoridades para investigar casos suspeitos.

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