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Frelimo perdeu 219 assentos nas assembleias provinciais

A Frelimo, partido no poder em Moçambique, perdeu 219 lugares nas assembleias provinciais, passando a controlar 485 assentos contra 704 das eleições gerais de 2009, de acordo com os resultados divulgados quinta-feira pela Comissão Nacional de Eleições.

Frelimo perdeu 219 assentos nas assembleias provinciais
Notícias ao Minuto

16:01 - 31/10/14 por Lusa

Mundo Moçambique

Segundo os resultados oficiais das eleições gerais do passado dia 15, a (Frelimo) Frente de Libertação de Moçambique perdeu para a Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) o controlo das assembleias províncias da Zambézia, Sofala, e Tete, províncias do centro do país.

Na Zambézia, segundo maior círculo eleitoral do país, com 92 assentos para a assembleia provincial, o partido no poder baixou o seu número de assentos de 58, em 2009, para 37, e a Renamo aumentou de 31 para 51. O Movimento Democrático de Moçambique (MDM) alcançou apenas quatro assentos no escrutínio do dia 15.

Na província de Sofala, bastião da oposição, a Frelimo perdeu 30 lugares, conseguindo apenas 29 assentos, enquanto a Renamo subiu de apenas um para 46 lugares, numa assembleia provincial com 82 assentos. O MDM ganhou sete.

O partido no poder perdeu 42 lugares na assembleia da província de Tete, passando a controlar apenas 33, contra 44 da Renamo e três do MDM, de um total de 82 assentos.

Apesar de ter perdido o controlo três assembleias provinciais, a Frelimo ganhou em sete das 10 assembleias provinciais do país, que, ao todo, têm 811 assentos.

Tal como para as legislativas, em que elegeu todos os 14 mandatos na província de Gaza, sul do país, a Frelimo quase conseguiu o pleno na província, conquistando 69 dos 70 assentos, com um lugar a ser ganho pelo MDM, contra nenhum da Renamo.

Em funcionamento desde 2009, as assembleias provinciais apenas fiscalizam a atividade do Governo provincial, tendo pouca influência sobre o funcionamento do mesmo, uma vez que os membros do executivo provincial são nomeados e tutelados pelo poder central.

A Frelimo ganhou as eleições gerais em Moçambique com uma maioria absoluta de 55,97% no parlamento, e o seu candidato, Filipe Nyusi, venceu as presidenciais com 57,03%, segundo os resultados oficiais divulgados na quinta-feira pela CNE.

A Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) conserva o estatuto de maior partido de oposição, obtendo 32,49% nas legislativas e o seu líder, Afonso Dhlakama, 36,61% nas presidenciais, enquanto o MDM (Movimento Democrático de Moçambique) consolida a posição de terceira força, com 7,21% no parlamento e 6,36% do seu candidato, Daviz Simango, na corrida à sucessão do atual chefe de Estado, Armando Guebuza.

A Frelimo terá 144 deputados na Assembleia, menos 47 do que o atual grupo parlamentar, a Renamo aumenta a sua presença de 51 para 89 mandatos e o MDM passa de oito para dezassete.

A abstenção foi de 51,51% nas legislativas e de 51,36% nas presidenciais.

Os resultados oficiais apresentados pela CNE são o fim de um processo de apuramento iniciado a 15 de outubro nas cerca de 17 mil mesas de voto em todo o país, prosseguindo aos níveis distrital e provincial, antes do pronunciamento final da Comissão Nacional de Eleições e que terá de ser ainda validado pelo CC.

Mais de dez milhões de moçambicanos foram chamados a 15 de outubro para escolher um novo Presidente da República, 250 deputados da Assembleia da República e 811 membros das assembleias provinciais.

No escrutínio concorreram três candidatos presidenciais e 30 coligações e partidos políticos.

O processo eleitoral tem sido acompanhado por denúncias de irregularidades e que levaram já os principais partidos de oposição a ameaçar não reconhecer os resultados.

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