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Líder talibã e médico da al-Qaeda na lista de terroristas
O Departamento de Estado dos Estados Unidos anunciou hoje a inclusão na sua lista de terroristas de Khan Said, líder do grupo Tehrik-e-Taliban Pakistan (TTP) e Ramzi Mawafi, conhecido por ter sido o médico do primeiro líder da al-Qaeda.
© DR
Mundo Estados Unidos
Esta designação implica a proibição a estadunidenses de realizarem transações com Said ou Mawafi e a congelação de todos os bens e ativos que estes possam ter nos EUA.
Segundo o Departamento de Estado, Khan Said tornou-se o número dois do grupo talibã, após a morte de Wali Ur Rehman, em maio de 2013 e tem tido "experiência de combate no Afeganistão".
As autoridades estadunidenses creem que Said estava relacionado com os ataques a uma base naval em Karachi (Paquistão) e com a planificação da fuga em massa de 400 reclusos de uma prisão da cidade paquistanesa de Bannu em 2012.
O TTP é uma organização de diferentes tribos, criada em 2007, e que nos últimos meses atravessou lutas internas pelo poder do grupo, o que provocou uma cisão na organização.
Atualmente, Said lidera a fação de Mehsud, que se separou do grupo matriz em maio passado.
Antes da separação, Said emitiu um comunicado público em que declarou "o seu compromisso contínuo com a atividade terrorista", recorda o Departamento.
Em relação ao egípcio Ramzi Mawafi, o Departamento de estado refere-o como um membro veterano da al-Qaeda, conhecido por ter sido médico do fundador da rede terrorista, Osama Bin Laden, que foi morto em 2011 no seu refúgio no Paquistão, numa operação levada a cabo pelos Estados Unidos.
Mawafi, que também trabalhou como perito de explosivos para a al-Qaeda, escapou de uma prisão no Egipto em 2011 e "crê-se que está na península de Sinaí, coordenando os grupos de militantes e ajudando a conseguir dinheiro e armas para apoiar a violência extremista".
De acordo com a Ordem Executiva 13224, o Departamento de Estado inclui na lista os terroristas e todos aqueles que apoiam e ameaçam de terrorismo, servindo como ferramenta para intercetar os seus bens e impedir o financiamento dessas atividades.
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