Chefe do Executivo exige fim imediato dos protestos
O chefe do Executivo de Hong Kong, Leung Chun-ying, apelou hoje ao movimento pró-democracia 'Occupy Central' para acabar "imediatamente" com as manifestações que agitam há três dias o centro financeiro do território.
© Reuters
Mundo Hong Kong
"Os fundadores do 'Occupy Central' afirmaram repetidamente que se o movimento ficasse fora de controlo iriam apelar para que parasse. Eu estou agora a pedir-lhes para que cumpram a promessa que fizeram à sociedade e parem esta campanha imediatamente", afirmou o líder do Governo, no seu primeiro comentário público desde que a polícia da antiga colónia britânica lançou, este fim de semana, gás lacrimogéneo contra os manifestantes.
Contudo, o 'Occupy Central' disse 'não' e renovou os apelos para que se demita.
"Se Leung Chun-ying anunciar a sua demissão, esta 'ocupação' vai ser, pelo menos temporariamente, parada num curto período de tempo e iremos decidir qual será o próximo passo", afirmou o cofundador do movimento Chan Kin-man, em declarações aos jornalistas após a declaração do chefe do Executivo.
"Tal seria um importante sinal. Com efeito, pelo menos sabemos que o Governo mudou a sua atitude e quer resolver esta crise", acrescentou.
Os protestos, que se intensificaram particularmente este fim de semana, com o arranque antecipado da 'campanha de desobediência civil do 'Occupy Central', estalaram depois de Pequim ter anunciado, a 31 de agosto, que os aspirantes ao cargo de chefe do Governo vão precisar de reunir o apoio de mais de metade dos membros de um comité de nomeação para poderem concorrer à próxima eleição, em 2017, e que apenas dois ou três serão selecionados.
Ou seja, a população de Hong Kong exercerá o seu direito de voto mas só depois daquilo que os democratas designam de 'triagem'.
A China tinha prometido à população de Hong Kong, cujo chefe do Governo é escolhido por um colégio eleitoral composto atualmente por cerca de 1.200 pessoas, que seria capaz de escolher o seu líder em 2017.
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