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Primeiro obus disparado de Gaza em direção a Israel

Um obus foi hoje disparado da Faixa de Gaza em direção ao sul de Israel, no primeiro ataque atribuído aos palestinianos desde o início do cessar-fogo em 26 de julho entre o Estado judaico e o movimento islamita Hamas.

Primeiro obus disparado de Gaza em direção a Israel
Notícias ao Minuto

20:15 - 16/09/14 por Lusa

Mundo Exército

"Pela primeira vez desde a operação 'Margem protetora', um 'rocket' disparado de Gaza atingiu o sul de Israel", referiu o tenente-coronel Peter Lerner na conta Twitter do exército israelita, numa referência à ofensiva desencadeada em 8 de julho contra os combatentes do Hamas na Faixa de Gaza e que se prolongou por 50 dias.

Pelo menos 2.143 palestinianos foram mortos neste último conflito, 70% civis, enquanto o lado israelita registou 73 baixas, na maioria militares envolvidos nas operações.

As duas partes, sob mediação do Egito, devem iniciar este mês negociações no Cairo para garantir uma versão a longo prazo da atual trégua.

Um responsável das Nações Unidas tinha anunciado previamente que Israel e palestinianos chegaram hoje a acordo sobre um "mecanismo provisório" para acelerar a reconstrução de Gaza sob controlo da ONU e assegurar que os materiais de construção vão ser destinados a fins civis, anunciou um responsável das Nações Unidas.

"É um acordo tripartido entre Israel, palestinianos e a ONU que permitirá trabalhos com a amplitude necessária na Faixa de Gaza, implicando o setor privado e permitindo à Autoridade palestiniana uma função de direção nos esforços de reconstrução e fornecendo garantias, através de um controlo da ONU, que esses materiais não serão desviados do seu uso exclusivamente civil", precisou perante o Conselho de Segurança Robert Serry, coordenador da ONU para o Médio Oriente.

Serry emitiu um alerta sobre a situação no enclave palestiniano, submetido desde 2007 a um bloqueio total por Israel e Egito, ao considerar que "Gaza poderá implodir ou explodir uma vez mais, num novo acesso de violência ainda mais devastador".

"O Conselho não deve subestimar os perigos e espero que tenha a ocasião de enunciar claramente a sua posição", indicou.

O alto responsável da organização explanou as formas de evitar o que na sua opinião poderá tornar-se "um desastre": instaurar um cessar-fogo sólido e durável, aumentar a ajuda humanitária [a ONU emitiu um apelo de fundos de 425 milhões de euros] e favorecer a reconstrução e a recuperação económica.

O Cairo deverá acolher em 12 de outubro uma conferência sobre a reconstrução de Gaza.

Segundo fontes diplomáticas citadas pela agência noticiosa AFP, as negociações entre os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança -- Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido e França, e às quais se associou a Jordânia -- sobre um projeto de resolução sobre Gaza prosseguem há várias semanas, mas parecem longe de um consenso.

Serry, que visitou Gaza na semana passada, testemunhou "destruições verdadeiramente terríveis provocadas nas infraestruturas, hospitais e escolas" no decurso dos 50 dias de conflito.

Nesse período 18.000 edifícios foram destruídos ou gravemente danificados, e 65.000 palestinianos ainda permanecem refugiados nas instalações locais da ONU.

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