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Afonso Dhlakama sai de esconderijo na próxima semana

O líder da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), Afonso Dhlakama, disse hoje que espera sair do seu refúgio em lugar incerto na região da Gorongosa, centro do país, na próxima semana.

Afonso Dhlakama sai de esconderijo na próxima semana
Notícias ao Minuto

22:53 - 25/07/14 por Lusa

Mundo Renano

"Na próxima semana, saio das matas. Estou à espera do acordo nas negociações (entre o Governo e a Renamo) na segunda-feira", disse Afonso Dhlakama, em declarações ao canal privado de televisão moçambicano STV.

O presidente da Renamo não precisou o local onde pretende fixar residência, se em Maputo, junto da família, ou em Nampula, de onde saiu antes de se instalar na Gorongosa.

Afonso Dhlakama tem estado desde quarta-feira a aparecer publicamente, despedindo-se das comunidades e anunciando que está a preparar uma "saída triunfal" rumo às eleições presidenciais de 15 de outubro, informaram hoje à agência Lusa habitantes da região da Gorongosa.

As declarações de Dhlakama surgem no dia em que vários órgãos de comunicação social noticiaram a debilidade do seu estado de saúde.

O diário estatal Notícias informou, na edição de hoje, que "Dhlakama pode estar gravemente doente", dando conta de que na quinta-feira o líder da Renamo esteve a apenas alguns metros das posições das Forças de Intervenção Rápida, a cerca de 30 quilómetros da Gorongosa, e que pediu ajuda "devido à degradação acentuada do seu estado de saúde".

Em declarações à Lusa, a dirigente da Renamo e deputada Ivone Soares desmentiu estas informações.

"Ainda ontem [quinta-feira] falei horas a fio com o presidente Dhlakama e posso garantir que ele goza de ótima saúde", disse Ivone Soares, que também espera a saída em breve do l+ider da Renamo da Gorongosa para iniciar o trabalho político para as eleições gerais (presidenciais, legislativas e assembleias provinciais) de 15 de outubro,

Hoje, o líder da Renamo também negou à STV que a sua saúde careça de cuidados especiais e assegurou estar "intacto" para concorrer à votação.

"Eu estou bem de saúde, não sei quem é que me quer ver morto", afirmou Afonso Dhlakama, manifestando saudades da sua família e sobretudo do seu pai, "que também está em lugar incerto, perseguido pela Polícia e pelo Exército".

Renamo e Governo anunciaram na terça-feira terem 95% das negociações fechadas sobre a composição das forças de defesa e segurança e desarmamento do maior partido de oposição, esperando-se um acordo na próxima semana, após mais de um ano de negociações bloqueadas.

A Renamo cessou no início de julho os seus ataques na estrada N1, a única que liga o sul e o centro do país, mas persistem relatos de confrontos com o exército na província de Sofala.

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