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Primeiros corpos já chegaram à Holanda em dia de luto nacional
Os primeiros 40 corpos das vítimas da queda do voo MH17, no qual morreram quase 300 pessoas que sobrevoavam a Ucrânia, já começaram a chegar à Holanda, tendo à espera o casal real e os familiares.
© DR
Mundo Aviação
Para marcar a chegada dos corpos, os sinos das igrejas tocaram um pouco por todo o país, num dia que as autoridades holandesas decretaram de luto nacional.
O primeiro-ministro australiano, país de onde eram originários 28 dos 298 passageiros que morreram, pediu a colaboração das autoridades para a trasladação dos corpos, que o governante diz estarem ainda expostos "ao calor e aos animais".
O ministro holandês dos Negócios Estrangeiros, Frans Timmermans, vai partir na quinta-feira à noite para a Ucrânia para discutir com as autoridades "a repatriação dos corpos e as investigações ao acidente".
Entretanto, as caixas negras do avião já chegaram ao Reino Unido, mas não deverão fornecer novas pistas sobre o que fez cair o avião que fazia a ligação entre Amsterdão e Kuala Lumpur.
Dos 298 passageiros mortos no desastre de dia 17 de julho, ocorrido sobre uma região ucraniana sobre controlo dos rebeldes pró-russos, 193 eram cidadãos holandeses.
Oficiais dos serviços secretos dos EUA afirmaram acreditar que os rebeldes atingiram o avião que voava de Amesterdão para Kuala Lumpur com um míssil terra-ar por engano.
"A explicação mais plausível é que o abate se trata de um erro", e que o míssil foi disparado por um "militante mal treinado" usando um sistema que requer alguma habilidade e treino, sugeriu um alto oficial dos serviços secretos que não se quis identificar.
"Já tinham existido outros erros no passado", afirmou o oficial, referenciando um avião coreano abatido por um caça soviético em 1983 e um avião iraniano abatido pelas forças navais americanas em 1988.
Entretanto, vários líderes mundiais mostraram preocupação sobre o facto de nem todos os corpos terem sido recuperados, podendo muitos outros estar perdidos no vasto território ucraniano.
"Certos restos mortais não foram recuperados", disse Michael Bociurkiw, um porta-voz da missão da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) na Ucrânia, após visitar o local.
Tréguas foram declaradas pelos dois lados do conflito na zona da queda, mas os investigadores internacionais ainda enfrentam vários obstáculos. Oficiais indicaram que ainda só têm em seu poder 200 dos 298 corpos das vítimas.
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