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Eleição para a sucessão no PAICV marcada para 14 de dezembro

As eleições diretas para a liderança do PAICV, no poder em Cabo Verde, vão ocorrer a 14 de dezembro e o respetivo congresso ratificativo a 24 e 25 de janeiro de 2015, disse hoje à agência Lusa fonte partidária.

Eleição para a sucessão no PAICV marcada para 14 de dezembro
Notícias ao Minuto

15:23 - 30/06/14 por Lusa

Mundo Cabo Verde

As decisões saíram da reunião do Conselho Nacional do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que decorreu no fim de semana na Assembleia Nacional, na Cidade da Praia, em que os 95 conselheiros pararam também a calendarização dos dois processos e definiram a estratégia para a tripla votação de 2016 - presidenciais, legislativas e autárquicas.

Quatro candidatos perfilam-se à sucessão de José Maria Neves, à frente do PAICV desde o congresso de 2000 e sucessivamente primeiro-ministro desde 2001, que anunciou em março de 2013, após ser reeleito líder do partido, que seria o seu último mandato, mantendo-se, porém, na chefia do governo até ao final da legislatura (2016).

Desde então, surgiram quatro pré-candidaturas - as das ministras Cristina Fontes Lima (Saúde) e Janira Hopffer Almada (Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos), o vice-presidente do Parlamento e deputado Júlio Correia, também secretário-geral do PAICV, e ainda o líder parlamentar Felisberto Vieira.

No entanto, a fonte admitiu que poderá haver "consensos" ou "convergências" de posições nos próximos tempos, mas não adiantou quem poderá desistir da corrida.

Além da discussão do plano de ação e da marcação das datas para as eleições diretas e para o congresso, os 95 conselheiros do PAICV analisaram também a situação política nacional.

O PAICV, que só teve três presidentes desde 1981, foi criado em janeiro desse ano, na sequência do golpe de Estado de 14 de novembro de 1980 na Guiné-Bissau, que pôs termo ao sonho da unidade entre os dois países, o que esteve na génese da luta de libertação das antigas colónias portuguesas em África.

Na altura, o então secretário-geral adjunto do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde), Aristides Pereira, então presidente cabo-verdiano, tornou-se secretário-geral do PAICV.

Num congresso extraordinário, em fevereiro de 1990, um ano antes das primeiras eleições democráticas, o PAICV, até então partido único, aprovou a introdução do multipartidarismo.

Em julho de 1990, Aristides Pereira deixa o cargo e, um mês depois, em agosto, é substituído pelo até então primeiro-ministro (desde 1975) Pedro Pires.

No congresso de agosto de 1993 é criado o cargo de presidente do PAICV, que Pedro Pires assume, deixando a secretaria-geral a Aristides Lima.

Em 2000, Pedro Pires abandonou o cargo de presidente para preparar a candidatura presidencial nas eleições de 2001, que viria a ganhar, e, no congresso, José Maria Neves assume o poder, que o manterá até fins de 2014, após vencer as diretas partidárias em 2006, 2010 e, as últimas, em março deste ano.

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