Juros dos depósitos a prazo batem no fundo
Ambiente de financiamento barato e baixas taxas Euribor está a desencorajar remuneração alta dos produtos financeiros. Menores pagamentos têm permitido melhorar resultados da banca.
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Economia Investimento
O lado 'sombrio' da descida das Euribor continua a ser sentido nos bolsos dos portugueses com depósitos a prazo. Com as taxas de juro referência em níveis historicamente baixos, os bancos não estão a sentir qualquer dificuldade para garantir financiamento.
A maior folga faz com que a banca não precise de captar liquidez através dos depósitos, reduzindo a remuneração dos investimentos a prazo para valores nunca antes vistos. De acordo com dados do BCE, analisados pelo Jornal de Negócios, a taxa média de 0,68% paga pelos depósitos a prazo em junho é a mais baixa de sempre em Portugal.
Tendo em conta o peso dos impostos, os depósitos a prazo já não conseguem sequer compensar a subida da inflação. Mesmo assim, há cada vez mais portugueses a apostar neste tipo de produto financeiro, preferindo a segurança dos depósitos a prazo à volatilidade de investimentos com maiores taxas de juro.
Com pagamentos menores aos clientes, a banca está a respirar com mais conforto, aumentado os lucros na primeira metade do ano. A margem financeira da CGD, BCP e BPI já teve efeitos positivos visíveis, esperando-se resultados semelhantes nos restantes gigantes da banca nacional.
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