Fátima Lopes 'cai' apesar de apoio de Joe Berardo
Empresa da estilista viu plano de recuperação ser rejeitado. Acordo era quase total, mas intransigência de um único credor acabou por ser fatal.
© Reuters
Economia Moda
A secção industrial de uma das marcas mais famosas da moda portuguesa corre sérios riscos de fechar as portas. Apesar de vários meses de intensas negociações, a Fátima Lopes Lda. Viu os tribunais portugueses negarem as intenções de reestruturação, traçando um destino ‘negro’ para a empresa.
“Nunca pensei que fosse possível isto acontecer: houve uma pessoa com créditos que não chegam a 1% do total, que apresentou uma queixa ao Ministério Público, com base na qual o juiz viria a mudar a sua primeira decisão”, explicou Fátima Lopes ao Jornal de Negócios.
A estilista detinha metade do capital da empresa, com os outros 50% a serem controlados por Joe Berardo. O empresário e a designer estavam dispostos a abdicar de cerca de 900 mil euros de dívidas da empresa, que faziam parte do total de 1,7 milhões em atraso perante os credores.
“Ninguém pode dizer que eu não tentei aguentá-la. Tentei ao máximo, mas não me deixaram”, afirma Fátima Lopes, antes de dizer que “estamos a falar de uma empresa”, por isso não está em causa “a continuidade da marca”.
“O plano de recuperação foi aprovado por uma maioria absoluta de credores, mas um só credor inviabilizou a continuidade da empresa. Estou farta disto tudo”, desabafou a criadora de moda.
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